Acabo de sair de uma sessão quase vazia de Pânico 4. Ao chegar em casa e navegar por alguns sites de cinema, fiquei sabendo que o filme de Wes Craven, um diretor do qual eu gosto, foi uma decepção nas bilheterias americanas. Levou uma surra daquelas da animação Rio, que rendeu mais do que o dobro, cravando US$ 40 milhões no primeiro fim de semana de exibição na América do Norte, tornando-se a melhor estreia de 2011 por lá. Não fiquei surpreso com o fiasco do novo Pânico.
Quando foi lançado o primeiro episódio da série, também assinado por Craven e escrito por Kevin Williamson (criador das séries Dawson’s Creek e The Vampire Diaries), o filme foi festejado pelo frescor com o qual costurava referências de inúmeros filmes de terror. De Sexta-feira 13 a O Iluminado, de Halloween a Psicose. A brincadeira metalinguística, que flertava com o chamado “terrir”, era até certo ponto original, porque não se tratava de uma comédia, mas de uma história de terror que ria de si própria.
Passados 15 anos desde o lançamento de Pânico,a tentativa de reviver a série, voltando a fazer o mesmo jogo de autorreferências, citando, inclusive, os próprios longas-metragens da franquia, não deu certo.
Há poucos momentos inspirados, como, por exemplo, a justificativa do(a) assassino(a), quando sua identidade é revelada: tudo o que ele(a) deseja é se tornar famoso(a) num momento em que não se precisa fazer nada de especial ou relevante para ganhar a atenção da mídia, apenas chamar a atenção.
Mas é muito pouco. Pânico 4 é o pastiche do pastiche do pastiche… Uma boa ideia requentada que perdeu o sabor.
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