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Vamos falar de pirataria? Sei que é um assunto espinhoso e complexo, mas necessário no momento em que estamos vivendo.

Tropa de Elite, cuja estréia nacional estava prevista para 12 de outubro, chega aos cinemas do Rio de Janeiro e São Paulo já nesta sexta-feira. O motivo da antecipação: os produtores calculam que nada menos do que 1 milhão de cópias piratas do filme tenham sido vendidas no país. Não duvido dessa cifra, absurda e assustadora. Se até o ministro da Cultura, Gilberto Gil, foi surpreendido pelo diretor do longa, José Padilha, com uma cópia ilegal em sua casa, tudo pode acontecer no país de jeitinho.

Sei que os preços das locações e dos ingressos de cinema no Brasil são abusivos para o bolso do brasileiro médio. O mesmo raciocínio vale para o custo dos DVDs nas lojas, inflacionado pela revoltante carga tributária vigente no país. Embarcar na pirataria como forma de protesto, contudo, é uma furada. Quem faz isso está alimentando um comércio que, além de ilegal, está intimamente conectado com outros crimes, como tráfico de drogas, contrabando e prostituição. Além de lesar diretamente quem dedica, literalmente, anos à realização de um filme.

Na medida em que optamos por ver o produto nacional sem pagar ingresso estamos dando um tiro no pé, traindo nossa própria cultura. Sem falar que se trata de um ato criminoso. É algo a se pensar a respeito.

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