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Vicky Cristina Barcelona é um bom filme, mas Woody Allen já fez melhores
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Divulgação
Penélope Cruz é a melhor coisa do novo filme de Woody Allen.

Gostei de Vicky Cristina Barcelona, novo longa-metragem de Woody Allen, em cartaz no Brasil (inclusive em Curitiba) desde sexta-feira. Algo reduz um pouco meu entusiasmo quando me dou conta de que é um filme do autor de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (absurdo título em português de Annie Hall), Manhattan, Crimes e Pecados, Hannah e Suas Irmãs, Zelig e A Rosa Púrpura do Cairo. A comparação com esses títulos o colocam num grupo intermediário — o dos “bons” trabalhos Woody Allen.

É simpático, sensual, divertido, inteligente. Mas não é transcendente,catártico ou surpreendente, como seus filmes costumavam ser. Não cola na memória. De sua fase exilada, fora de Nova Iorque, continuo achando Match Point o melhor de todos.

Mas Vicky Cristina Barcelona tem suas qualidades: o roteiro, bem costurado, faz uma crítica elegante, ainda que contundente, ao materialismo e à caretice da América corporativa, essa mesma que acaba de desabar em praça pública; há um encantamento, mesmo que exótico, pela paisagem solar da Espanha, algo evidente no visual do filme; e Penélope Cruz, no papel da intempestiva e passional Maria Elena, é uma força da natureza – e, talvez, a melhor coisa do filme. Merece um Oscar.

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