Em carta ao povo brasileiro e aos senadores e senadoras divulgada nesta terça-feira, a presidente afastada Dilma Rousseff defendeu a realização de um plebiscito sobre novas eleições e a reforma política.
A presidente também classificou de golpe o impeachment.
“Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta”, diz a carta de Dilma.
Dilma também reconheceu erros no seu segundo mandato.
“Meu retorno poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política. Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment, me aproximei mais do povo, tive oprotunidade de ouvir seu reconhecimento, receber seu carinho. Ouvi críticas duras ao meu governo. Há erros cometidos e medidas políticas que não foram adotadas”, afirma.
A presidente afastada sugeriu ainda um “pacto nacional baseado em eleições livres e diretas” a fim de fortalecer “os valores do estado democrático de direito”.
O documento foi divulgado a 10 dias da votação do impeachment no Senado, marcado para o dia 25 de agosto.
Leia a íntegra da carta:
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