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Campanha pela vacinação. no Reino Unido.| Foto: Divulgação/NHS

Enquanto o Brasil registra recordes diários de mortes por Covid-19, alguns países estão conseguindo criar barreiras contra o novo coronavírus e suas variantes. Entre esses países, três – EUA, Israel e Reino Unido – têm obtido resultados que podem indicar com alguma segurança medidas eficazes que podem ser aplicadas por outras nações para conter a pandemia.

Em dois meses, número de novos casos diários de Covid-19 teve queda de mais de 80% nos EUA.
Em dois meses, número de novos casos diários de Covid-19 teve queda de mais de 80% nos EUA.

A dosagem das medidas que estão dando certo é diferente em cada um dos três países em questão – considerando as suas diferenças econômicas, sociais, culturais, territoriais e populacional –, mas pelo menos dois pontos são comuns: vacinação em massa e medidas de proteção. Para asa autoridades desses países, com o aumento da produção e oferta de vacinas no horizonte, as medidas preventivas agora ajudam a segurar a pandemia até que a maioria seja imunizada.

Os EUA chegaram ao alarmante número de 300 mil novos casos em um único dia, em 2 de janeiro deste ano. Nos últimos dias, os novos casos caíram para uma média de 50 mil diariamente. Em 12 de janeiro, 4.465 pessoas morreram em 24 horas. Na última quarta-feira (10) foram 1.564 óbitos. Os números de mortes e casos ainda são muito altos, mas hoje é bem inferior do que há dois meses.

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Campanha pelo uso máscara nos EUA.| Divulgação

Israel chegou a um pico de 11.934 novos casos registrados em 27 janeiro. Na última semana conseguiu reduzir para uma média de cerca de 3 mil casos diários. Outra grande vitória é a queda expressiva do número de mortes diárias. Em 20 de janeiro o país registrou o recorde de 101 mortes e na última quarta-feira (10), 17 israelenses perderam a vida para a Covid-19. Uma redução de mais de 80%.

Israel vem registrando quedas seguidas nas mortes por semana.
Israel vem registrando quedas seguidas nas mortes por semana.

No Reino Unido, em 8 de janeiro 68.192 novos casos foram registrados. Na terça-feira (10) foram 6.021, uma redução de mais de 90%. A queda do número de mortes diárias foi no mesmo ritmo, de cerca de 1.800 no pico para em torno de 150 na média dos últimos dias.

Esse resultado nos três países não veio por sorte. Israel é o país que, proporcionalmente, mais vacinou no mundo. Os dados do Ministério da Saúde mostram que 57,1% da população israelense já foi vacinada com pelo menos uma dose e 45% receberam a segunda. Mas não é só vacinação o motivo dos bons resultados: ao mesmo tempo em que acelerou a imunização, o governo decretou medidas firmes de prevenção no início de janeiro. Depois de um longo período de limitações, agora o país inicia a reabertura gradativa.

Campanha de medidas preventivas em Israel.
Campanha de medidas preventivas em Israel.| Divulgação

Os Estados Unidos já vacinaram cerca de 20% da população com pelo menos uma dose e 10%, com duas doses. Após a posse do presidente Joe Biden, o governo intensificou campanha pelo uso de máscaras e do distanciamento social, e para isso teve que enfrentar alguns governadores contrários a medidas preventivas, como o republicano Greg Abbott, do Texas.

No Reino Unido, 35% da população já foi vacinada com pelo menos uma dose. Em 4 de janeiro, diante do risco de a pandemia se tornar incontrolável, o governo do conservador Boris Johnson endureceu as medidas de restrições. Dois meses depois, no último dia 8 de março, deu início à reabertura com um plano “cauteloso”.

Novos casos diários de Covid-19 caem 90% no Reino Unido.
Novos casos diários de Covid-19 caem 90% no Reino Unido.

Além de vacinação em massa, uso de máscara, testagem, distanciamento social e álcool em gel, esses três países reforçaram campanhas públicas para influenciar as pessoas a tomarem cuidados preventivos. Higienização recorrente das mãos, não participação em aglomerações e realização de trabalhos online quando o presencial não é imprescindível estão entre as campanhas impulsionadas pelos governos e diversas instituições desses países.  “Mask up, America”, por exemplo, foi a campanha lançada pelo governo Biden.

Paralelamente a essas medidas, os governos desses países buscaram planos robustos de ajuda econômica de emergência à população. Na quarta-feira (10), por exemplo, Biden comemorou a aprovação de seu pacote de estímulo à economia de US$ 1,9 trilhão. Além de ampliar a vacinação, o dinheiro irá para socorrer diversos setores, especialmente as famílias mais necessitadas, que receberão cheques de até US$ 1.400 (cerca de R$ 7,8 mil), e para ajuda a governos estaduais e locais com problemas de liquidez.

No Reino Unido, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, anunciou no começo deste mês de março uma série de medidas de estímulos à atividade econômica. Serão 65 bilhões de libras, que levam o total de verbas mobilizadas pelo governo a 407 bilhões de libras. O pacote tem como foco a manutenção de empregos até setembro, especialmente no comércio varejista, setor altamente atingido pelas medidas de fechamento.

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