O clima tenso que tomou conta do país nos últimos dias trouxe preocupação a vários setores da sociedade diante da possibilidade de conflitos violentos nos protestos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, no próximo domingo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, manifestou estar preocupado com a possibilidade de um confronto grave entre manifestantes a favor do impeachment e defensores do governo da presidente Dilma Rousseff.
“Que cada segmento saia em um determinado dia. Vamos evitar o pior. Receio um conflito. Receio, inclusive, o surgimento de um cadáver”, afirmou.
A possibilidade de violência também provocou reação do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff entrou em campo para tentar evitar que os protestos favoráveis e contrários à administração da petista acabem em confrontos.
O governo passou os dois últimos dias acompanhando a mobilização de movimentos sociais e centrais sindicais na tentativa de sensibilizá-los a não insuflarem manifestações de rua no domingo.
A avaliação do Palácio do Planalto é que a radicalização é negativa para o Planalto e pode reforçar o discurso dos partidos de oposição de que o governo aposta na divisão do país.
A tensão voltou a crescer após declarações do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de que, para evitar confrontos, não permitirá ato pró-Dilma Rousseff na Avenida Paulista.
Grupos simpatizantes de Dilma e de Lula, como CUT e MST, acusaram o governador de tentar impedir manifestações contrárias ao que ele defende. Alckmin argumentou que o protesto pró-impeachment foi marcado antes.
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