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Dinheiro do FGTS na Petrobras virou pó
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Quem decidiu usar parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da Petrobras e manteve o investimento não deve estar nada feliz.

A situação é menos ruim para quem entrou em 2000, quando o governo FHC decidiu autorizar o uso do Fundo para compra de ações da estatal.

Em 17 de agosto de 2000, quando foi permitido o uso do FGTS, a ação preferencial da petroleira (PETR4) valia R$ 4,92 (valor ajustado). Nesta terça-feira, a cotação estava abaixo de R$ 4,70. A ação ordinária (PETR3) valia naquela data R$ 3,19 (ajustado). Agora está pouco acima de R$ 6.

Nesse período de 16 anos, quem deixou o dinheiro no FGTS teve rendimento de aproximadamente 100%, um péssimo negócio se comparado com outros investimentos, como fundos de renda fixa, mas, mesmo assim, foi melhor que ter investido na Petrobras.

A pior situação ficou com quem decidiu entrar na segunda etapa de capitalização da empresa, em setembro de 2010. Na euforia do pré-sal, a Petrobras prometia o mundo e o fundo do mar. Não deu em nada.

Naquela época, ações preferenciais (PETR4) estavam cotadas em torno de R$ 25,00 e as ordinárias (PETR3), acima de R$ 27,00. De acordo com a direção da companhia, 25 mil trabalhadores usaram mais de R$ 423,7 milhões do FGTS para investir na estatal.

Quem comprou mil ações ordinárias em 2010 usou cerca de R$ 27 mil do FGTS. Hoje, se o trabalhador permaneceu com as ações, tem pouco mais de irrisórios R$ 6 mil. Contada a inflação do período de mais de cinco anos, o fundo de garantia desse trabalhador virou pó.

A essa altura do campeonato, já tem gente defendendo uma ação judicial contra o governo pelos prejuízos. Além de propaganda enganosa na época, quando se dizia que a Petrobrás era o melhor investimento do planeta, há o agravante da corrupção e a má gestão da empresa. Para esses trabalhadores, o governo deveria indenizá-los e ficar com ações as quais eles foram induzidos a comprar.

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