
Um vídeo em que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, dá gargalhadas ao antecipar os próximos passos da Operação Lava Jato foi divulgado nas redes sociais.
Coincidência ou não, a declaração do ministro foi feita no domingo, durante ato de campanha do candidato do PSDB Duarte Nogueira, ao lado do tucano, à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), cidade onde o ex-ministro Antônio Palocci nasceu e construiu sua carreira política. Palocci foi preso nesta segunda-feira pela Lava Jato.
Preocupado com as acusações de que seu governo usa politicamente a Lava Jato, o presidente Michel Temer chamou Alexandre de Moraes para que ele compareça ao Planalto e explique suas declarações sobre a Operação Lava Jato.
A Polícia Federal, que executa as operações da Lava Jato, é subordinada ao Ministério da Justiça. É raro que ministros saibam das operações antes de elas ocorrerem. Moraes afirmou que isso não aconteceu, e disse que a declaração dada a membros do Movimento Brasil Livre (MBL) foi “genérica”, ou seja, não se referia à operação para prender Palocci.
As declarações do ministro da Justiça:
Vazou o vídeo em que o ministro Alexandre de Moraes adiantou informações sobre 35ª da Lava-Jato. Não era para ser sigiloso? pic.twitter.com/U69qJp7sgn
— George Marques (@GeorgMarques) 26 de setembro de 2016
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou requerimento para que o ministro da Justiça compareça à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para explicar o suposto vazamento de informações da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato.
-
Cúpula ambiental: o que Lula quer esconder do mundo na COP 28
-
Disputa pelo Ministério da Justiça se acirra após indicação de Dino ao STF
-
Oposição condena decisão do STF sobre imprensa: “Fere de morte a liberdade de expressão”
-
Usina para remover sal da água pode derrubar a internet brasileira, dizem operadoras
Empresário que ficou conhecido como “homem da rampa” segue preso como terrorista
Advogado consegue absolver clientes de acusação de crimes do 8 de janeiro
Corretor de seguros é condenado a 17 anos de prisão, sem ser ouvido pelo STF
Estudante de Medicina da USP ficou 7 meses presa por ter rezado no Senado