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Família de Bolsonaro é “máquina de fazer políticos”
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A família do deputado federal e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) retrata o perfil tradicional de muitos políticos profissionais poderosos do país. O presidenciável tem três filhos, duas ex-esposas e um irmão atuantes na política brasileira.

O clã Bolsonaro começou na política há quase três décadas, em 1989, quando o presidenciável Jair Bolsonaro foi eleito vereador do Rio de Janeiro.  Dois anos depois foi eleito deputado federal pelo mesmo estado, cargo que ocupa até hoje.  Nesse período ajudou a impulsionar a carreira política de muitos parentes.

Foto: reprodução Facebook

Flávio Bolsonaro

O filho mais velho, Flávio Bolsonaro, comanda o partido do pai, o Partido Social Liberal (PSL), no Rio de Janeiro. Eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002, foi reeleito para seu quarto mandato nas eleições de 2014. Nas eleições de 2016 disputou a Prefeitura do Rio e ficou em 4º lugar, com 424.307 votos, que representaram 14% dos votos válidos, mas ficou fora do segundo turno disputado por Crivella (PRB) e Freixo (PSOL). Nas eleições deste ano é candidato a senador.

Flávio Bolsonaro é conhecido, assim como o pai, por posições polêmicas. O deputado estadual defendeu a ditadura militar brasileira em entrevista publicada pelo jornal o Estado de S. Paulo em abril de 2011. Ele também é a favor da pena de morte e da diminuição da maioridade penal.

Foto: reprodução Facebook

Eduardo Bolsonaro

É o terceiro filho de Jair Bolsonaro e alinhado com posições defendidas pelo pai. Eleito deputado federal em 2014 por São Paulo pelo PSC e atualmente filiado ao PSL, do pai, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos e, em abril de 2017, foi favorável à Reforma Trabalhista.

Nas últimas semanas ganhou evidência nas redes sociais por meio da campanha “digite 432% no Google”. O movimento, idealizado por opositores de Jair Bolsonaro (PSL), estimula os internautas a pesquisar o termo e, assim, serem direcionados a notícias segundo às quais o patrimônio de Eduardo Bolsonaro subiu 432% desde a última eleição.

As informações foram disponibilizadas pelo próprio Eduardo e constam no registro de candidatura do deputado federal no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na primeira eleição de que participou, em 2014, o deputado informou que possuía R$ 205 mil em bens. Agora que tenta se reeleger para a Câmara, ele declarou um total de R$ 1.395.109,14.

Em resposta, Eduardo postou um vídeo em que se defende e alega que a alteração para mais é fruto da compra de um apartamento.

Foi premiado duas vezes pelo Prêmio Congresso em Foco por sua atuação na Câmara dos Deputados.

Foto: reprodução Facebook

Carlos Bolsonaro

Mais novo dos políticos da família, foi eleito vereador aos 17 anos de idade em outubro de 2000. Já está em seu quarto mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Tem gerado polêmica ao defender a pena de morte e classificar os sem-terra de vagabundos.

Ficou em evidência nas redes sociais nos últimos dias após ter publicado na ferramenta stories de seu perfil de Instagram uma foto com simulação de tortura que mostra um homem ensanguentado, com os braços amarrados e um saco na cabeça. Na publicação, Carlos escreveu: “Sobre pais que choram no banheiro”. A expressão é popularmente usada em alusão a pais desapontados com os filhos e que, em muitos dos casos e memes, teriam vergonha por terem filhos homossexuais.

Foto: reprodução Facebook

Rogéria Bolsonaro

Ex-mulher de Jair Bolsonaro, se elegeu vereadora em 1996, com o apoio do então marido. Depois de dois mandatos, não conseguiu uma nova reeleição após ter se separado do patriarca da família. É mãe de Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. O curioso é que Rogéria perdeu a vaga de vereadora do Rio para o filho, Carlos. Foi cogitada para concorrer a uma vaga de deputada estadual pelo PSL neste ano, mas desistiu.

Foto: divulgação de campanha

Ana Cristina Bolsonaro

Outra ex-mulher de Jair Bolsonaro, é candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro. Convidada pelo Podemos, de Alvaro Dias, para compor chapa com o senador Romário, pré-candidato ao governo do Estado, Ana Cristina virou o centro de uma polêmica envolvendo o ex-marido.

No mês passado, a Folha de S. Paulo publicou reportagem com o título “Ex-mulher afirmou ter sofrido ameaça de morte de Bolsonaro, diz Itamaraty”. Segundo o jornal, em documento de 2011, Ana Cristina afirmou que viajou à Noruega por medo do deputado.

Após a publicação, Ana Cristina veio a público para defender o ex-marido. Disse que não eram verdadeiras as afirmações, que fez as declarações quando estava com a “cabeça “ e em meio a um processo de separação.

Foto: divulgação de campanha

Renato Bolsonaro

É irmão de Jair Bolsonaro. Em 2012, concorreu ao cargo de prefeito da cidade de Miracatu, cidade de cerca de 20 mil habitantes do estado de São Paulo. Na ocasião, ele obteve 25,08% dos votos válidos e não conseguiu se eleger.

Em 2016, Renato foi exonerado do cargo de assessor especial do deputado estadual André do Prado (PR) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). De acordo com reportagens publicadas em vários veículos de comunicação, o irmão do presidenciável recebia salário de R$ 17 mil mensais. A reportagens mostram ainda que ele trabalhava vendendo móveis na cidade de Miracatu, enquanto deveria estar na Alesp. Renato negou as acusações.

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