Uma fotografia em preto e branco, com pouco definição e contraste devido à falta de luz e a dificuldade para fotografar, foi a ganhadora do prêmio principal do World Press Photo.
A foto registra o momento em que um bebê de família migrante é passado por baixo de uma cerca de arame farpado na fronteira entre Hungria e Sérvia, em agosto de 2015.
O autor da imagem chocante e assustadora é australiano Warren Richardson. Ele fez o registro quando acompanhava há horas um grupo de 200 pessoas que tentavam atravessar a fronteira e que tinham passado toda a noite a fugir da polícia. Não podia usar flash porque se o fizesse denunciaria os refugiados. Eram três da manhã e só a lua lhes permitia ver onde punham os pés.
“Eles mandaram as mulheres e as crianças primeiro, depois os homens com filhos e os mais velhos. Devo ter estado com este grupo umas cinco horas. Passámos a noite toda a brincar ao gato e ao rato com a polícia”, disse Richardson, que vive Hungri, logo após saber que foi premiado.
O repórter-fotográfico Mauricio Lima, que trabalha como freelancer para o jornal The New York Times, foi o vencedor com a melhor foto na categoria “Notícias Gerais”, com a foto de um médico tratando as queimaduras de um jovem combatente do Estado Islâmico de 16 anos de idade perto de Hasaka, na Síria.
Foram avaliadas 82.951 fotos de 5.775 fotógrafos de 128 países diferentes.
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