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Foto: Memória Sindical
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Foto: Memória Sindical

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Retirante do nordeste, sobrevivente da miséria, ex-operário, um dos fundadores da maior central sindical do país (CUT) e fundador do maior partido de esquerda da América Latina, o Partido dos Trabalhadores (PT). Presidente do Brasil de 2003 a 2010, depois de ter sido derrotado em três eleições consecutivas.

Esses detalhes da história de Luiz Inácio Lula da Silva seriam suficientes para colocá-lo na condição de um dos políticos mais importantes nos cinco séculos de história do país. Mas nem todo mundo vê a biografia de Lula dessa forma.

Ao completar 70 anos de idade, o ex-presidente recebe críticas de vários setores e convive com sua popularidade ameaçada. Somam-se aos críticos, os detratores, que o julgam como lixo da história.

Dos que o acusam de ter saído da pobreza e ficado rico na política aos que o responsabilizam pela crise econômica atual e os escândalos de corrupção (mensalão e petróleo), os ataques vão em todas as direções.

O que se pergunta hoje é se o legado de Lula será duradouro como o de Getúlio Vargas. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), numa espécie de julgador, disse que só a história provará ou não a honradez de Lula.

Do lado de quem defende o ex-presidente, há a convicção de que a história contará que Lula foi o presidente dos excluídos, responsável pela implantação de programas sociais decisivos para tirar milhões de brasileiros da pobreza extrema. Defendem ainda que Lula rompeu com os governos das oligarquias e trouxe para o centro da disputa política os movimentos populares e sindicais, possibilitando voz a uma parcela da sociedade que sempre produziu e jamais teve direitos de cidadania garantidos.

Na área internacional, os defensores do legado do petista citam o movimento mundial de combate à fome e à miséria, liderado por ele enquanto estava no governo.

E há também os que veem, na ótica da economia, Lula como um bom administrador, que fez a economia crescer, em média, mais do que o registrado governos anteriores após a ditadura militar e possibilitou dinamismo na economia.

Independentemente dos prós e contras, há de se reconhecer que Lula não está morto. Hoje, o sonho lulista de 20 anos com o PT no governo central está distante, praticamente anulado. Porém, como 2018 também está longe – em se tratando de disputa eleitoral –, não é de se duvidar que o ex-metalúrgico poderá triunfar mais uma vez.

Quanto ao mito, verdades e mentiras fazem parte da lenda. A história saberá separar as coisas. Ou incorporará realidade e mitologia.

Veja mensagem de Chico Buarque dando “boas vindas” aos 70 anos de Lula:

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