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O problema são os amigos do rei
| Foto:
Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Tudo bem. A decisão do Supremo Tribunal Federal de acabar com o nepotismo nos três Poderes é uma avanço da democracia brasileira. Mas não é tudo. A medida não tem abrangência para alterar o poder dos governantes de fazer nomeações pagas com o dinheiro público conforme interesses de compadrio político.

Um levantamento do IBGE mostra que apenas nas 5.564 prefeituras do país existiam, em 2006, 422.831 funcionários comissionados. Em 2005 eram 380.629. Um aumento de mais de 42 mil “compadres”.

Cargo comissionado é aquele que não precisa de concurso público. Basta de cacife político. E eles também se proliferam nos estados, na União, no Legislativo e no Judiciário. No total somam mais de 700 mil.

E se não bastasse os apadrinhados, tem gente defendendo cotas. Na Câmara dos Deputados, ontem mesmo já se cogitava a possibilidade de flexibilizar a decisão do STF. Imagine… Cada deputado ou senador teria uma cota: um tio, uma irmã e o pai ou a mãe. É demais para um país que pretende ser sério.

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