Três estudantes universitárias de Porto Alegre criaram uma página no Facebook que rapidamente se transformou num canal de denúncias de assédio sexual e moral de professores.
As autoras dizem que a inciativa foi tomada por futuras professoras com o objetivo de denunciar os abusos que ocorrem em sala de aula e prestar apoio às vítimas.
Em poucos dias, a página Meu Professor Abusador chegou à casa de milhares de relatos. Na maioria dos casos, são meninas denunciando situações abusivas que passaram em sala de aula em escolas públicas e privadas, principalmente no ensino fundamental ou médio.
Há relatos de diversas cidades do país:
“#MeuProfessorAbusador é de História, em Porto Alegre. Adora falar da esposa e dos filhos, que é espírita, ético e tal. Mas, já pediu se meus peitos eram de silicone”, relata uma estudante.
“O professor de Química do meu cursinho em Curitiba (conhecido mais pelo sobrenome), é um lixo. Mente que é viúvo (casado), fica com alunas que tem idade para serem suas filhas, passou DST para uma amiga minha e chama as garotas que denunciam de loucas”, conta outra estudante.
As denúncias na página são feitas anonimamente, mas as administradoras exigem alguns cuidados, como não citar nomes e não fazer relatos de cunho racista, machista, elitista, homo/lesbofóbico ou que reproduzam qualquer tipo de opressão.
A página orienta as vítimas a fornecer características que tornem a pessoa identificável àqueles que a conhecem sem citar o nome dela.
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