• Carregando...
Rodrigo Maia levou o DEM, que surgiu a partir do PFL (ex-PDS e ex-Arena), ao poder central do país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Maia levou o DEM, que surgiu a partir do PFL (ex-PDS e ex-Arena), ao poder central do país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil| Foto:
Rodrigo Maia levou o DEM, que surgiu a partir do PFL (ex-PDS e ex-Arena), ao poder central do país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rodrigo Maia levou o DEM, que surgiu a partir do PFL (ex-PDS e ex-Arena), ao poder central do país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma das consequências imediatas do afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República foi a chegada ao poder central de um dos partidos que têm suas origens em legendas que sustentaram o regime militar. Com a viagem do presidente Michel Temer para a China, quem assumiu o comando do país foi o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, integrante do DEM, partido que surgiu a partir do PFL, legenda herdeira do PDS, que, por sua vez, é herdeiro da extinta Arena, agremiação símbolo da ditadura militar no país.

Economista, Rodrigo Maia, de 46 anos de idade, é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Ocupou o cargo de secretário de Governo do Rio de Janeiro (1997-1998) e de secretário municipal do Governo do Rio de Janeiro (1996). Antes de chegar ao DEM, Maia foi filiado ao PFL e ao PTB. No PFL, o deputado se aproximou do grupo dissidente do PDS que se distanciou das raízes da Arena.

Seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, apesar de também ser filiado ao DEM e ter integrado o PFL, carrega uma história com um pé na esquerda e de resistência aos militares. Nos anos de 1970, no auge do regime militar, o ex-prefeito foi membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, nos anos de 1980, passou a década inteira filiado ao PDT, do ex-governador Leonel Brizola, de quem foi secretário.

Rodrigo Maia chegou à presidência da Câmara com a queda de Eduardo Cunha, e, agora, à Presidência interina da República com a queda de Dilma. Ele não está sendo oficialmente investigado no escândalo da Lava Jato, mas seu nome já apareceu em investigações da Operação Lava Jato. De acordo com uma reportagem da revista Época, ele trocou mensagens de celular com o empreiteiro Léo Pinheiro, do Grupo OAS, para tratar de doações eleitorais.

Na presidência do DEM, Rodrigo Maia passou pelo escândalo do caso Arruda, em 2009. O então governador do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda foi investigado pela Polícia Federal como articulador de um esquema de corrupção envolvendo integrantes de seu governo, empresas com contratos públicos e deputados, descoberto na Operação Caixa de Pandora. Arruda era o único governador eleito pelo DEM no país e acabou deixando o partido um dia antes de ser expulso da legenda.

Na eleição para a presidência da Câmara, Maia teve apoio não só de oposicionistas à presidente Dilma e de defensores de Temer. Petistas e outros deputados de esquerda também o apoiaram na disputa contra Rogério Rosso (PSD), que era o candidato de Cunha.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]