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Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
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O economista Paulo Guedes, responsável pelo plano econômico de Jair Bolsonaro (PSL), é suspeito de ter praticado fraudes em negócios com fundos de pensão de estatais. O caso está sob investigação do Ministério Público Federal (MPF). Em seis anos, de acordo com as investigações, Guedes captou ao menos R$ 1 bilhão dos fundos. O economista é o escolhido para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Bolsonaro.

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e reproduzida em vários veículos de comunicação nesta quarta-feira (10) nomeia as entidades supostamente fraudadas. Entre as entidades estão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), além do BNDESPar – braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As transações foram feitas, segundo o jornal, a partir de 2009 com executivos indicados pelos dois partidos adversários da chapa Bolsonaro, os quais são investigados atualmente por desvio de recursos dos fundos”.

De acordo com a reportagem, com  base em dados da investigação do MPF, há “’relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar’ se consorciaram ‘com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM’. A intenção seria a de cometer ‘crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias’”.

O jornal afirma ter obtido documentos nos quais consta que a BR Educacional Gestora de Ativos, de Paulo Guedes, lançou em 2009 dois fundos de investimento que receberam, em seis anos, R$ 1 bilhão das entidades de previdência de estatais. “Um deles, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) BR Educacional, obteve R$ 400 milhões entre 2009 e 2013 para projetos educacionais. A suspeita é que o negócio tenha sido aprovado sem análise adequada e gerado ganhos excessivos ao economista”, publicou a Folha.

Ainda de acordo com a matéria, “a gestora de ativos de Guedes recebeu na largada 1,75% sobre o valor total subscrito (o compromisso de investimento), e não sobre a cifra efetivamente aportada. Isso gerou, de imediato, despesas altas, de R$ 6,6 milhões, em seu favor. No primeiro ano de aporte, o dinheiro aplicado pelos fundos de pensão (cerca de R$ 62 milhões) foi injetado em uma única empresa, a HSM Educacional S.A., que tinha Guedes como controlador”.

Procurado pelo jornal, o economista responsável pelo plano econômico de Bolsonaro não comentou as acusações.

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