A economia chinesa cresceu 4,9% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou nesta segunda-feira (19) o Escritório Nacional de Estatísticas chinês. A taxa de expansão do PIB da China ficou abaixo da média das previsões dos economistas chineses, de 5,2%, mas demonstra que a segunda maior economia do mundo se recuperou fortemente depois de ter encolhido 6,8% nos primeiros três meses do ano.
Os dados também mostram que o crescimento foi melhor do que no segundo trimestre, quando o PIB da China cresceu 3,2%. Com o resultado do terceiro trimestre, a China é a primeira grande economia do mundo a sair do negativo em meio à crise do coronavírus. Nos nove primeiros meses do ano o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 0,7%.
Apesar de ficar um pouco abaixo das expectativas, o governo chinês comemorou o fato de ter havido registro de forte expansão da economia em setembro, o último mês do terceiro trimestre.
Entre os números divulgados pelo Escritório de Estatística, a produção industrial, um indicador da atividade nos setores de manufatura, cresceu 6,9% em setembro, superior aos 5,6% de agosto. O dado ficou acima da previsão de vários economistas de países ocidentais.
As vendas no varejo cresceram 3,3% em setembro, melhorando ainda mais em relação ao aumento de 0,5% em agosto. O varejo foi um dos setores que mais sofreram com as restrições impostas em decorrência da covid-19.
As importações subiram 13,2% em setembro, o que fez o país registar entrada recorde de produtos no país, totalizando US$ 203 bilhões.
O investimento em ativos fixos, um indicador de gastos em infraestrutura, bens, máquinas e equipamentos, subiu 0,8% nos primeiros nove meses do ano, um aumento em relação à queda de 0,3% nos primeiros oito meses. Setembro foi o primeiro mês em que o crescimento acumulado no ano tornou-se positivo.
Outro dado de destaque foi a queda da taxa de desemprego. Nas áreas urbanas o desemprego ficou em 5,4% em setembro, uma queda de 0,2 pontos porcentuais em relação aos 5,6% registrado em agosto e 0,8 ponto em relação a agosto, que havia atingido o pico 6,2%.
Apesar da discreta comemoração, o bureau chinês ressalta as dificuldades que o país tem pela frente. “Devemos estar cientes de que o ambiente internacional ainda é complicado e severo, com consideráveis instabilidades e incertezas, e que estamos sob grande pressão para evitar as transmissões epidêmicas do exterior e seu ressurgimento em casa. A economia ainda está em processo de recuperação e as bases para uma recuperação sustentada precisam ser consolidadas”, enfatiza o comunicado.
O governo chinês implementou uma série de medidas para reavivar a economia e gerar empregos, entre elas mais gastos fiscais, redução de impostos e cortes nas taxas de empréstimos dos bancos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou previsão, na semana passada, de que o PIB da China deverá crescer 1,9% este ano, um aumento de 0,9 pontos percentuais em relação à previsão de junho. A China, segundo o FMI, será a única economia do G20 a expandir em 2020.
Para o FMI, a economia global sofrerá contração de 4,4% este ano, enquanto que em 2021 deverá voltar a crescer, com estimativa de expansão de 5,2%.
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