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Quem encabeça as manifestações de hoje
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A liberdade de manifestação é um pilar da democracia. Todo mundo tem direito de se expressar e se manifestar pacificamente. Mas, quando alguém decide participar de um protesto, uma manifestação ou qualquer ato público, o dever é saber qual o fundamento do movimento e quem o lidera.
A mobilização desta quinta-feira, denominada Contra o Golpe e pela Democracia, é liderada por um grande número organizações sindicais, diversas entidades da sociedade civil e políticos. Nada mais importante do que saber um pouco desses movimentos que se opõem ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e que, ao mesmo tempo, contestam propostas que tiram direitos dos trabalhadores:

Centrais Sindicais
A CUT é a maior das centrais que encabeçam o movimento. Tem 3.438 entidades filiadas, 7,4 milhões de filiados e 22,1 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em sua base.
A CTB é outra central que reforça a mobilização. Se considera a terceira maior central sindical do Brasil, com cerca de 700 entidades filiadas.
Também integra os protestos a INTERSINDICAL – a mais nova central sindical do país, fundada em março de 2014.
Às centrais somam-se os sindicatos das mais diversas categorias, como os sindicatos de professores (AAP-Sindicato).

Estudantes
A UNE, entidade máxima dos estudantes brasileiros e que representa cerca de seis milhões de universitários, lidera o movimento estudantil. Fundada em 1937, teve em seus quadros um grande número de pessoas que ficaram conhecidas no país, como o poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), o ex-governador de São Paulo José Serra (hoje na oposição), o cineasta Cacá Diegues, o religioso Frei Betto, o poeta Ferreira Gullar e a presidenta Dilma Rousseff.
Outra organização de peso é a UBES – União dos Estudantes Secundaristas.
Juntam-se à UNE e à UBES a maioria das organizações estaduais de estudantes, as UEEs, diretórios centrais de estudantes de universidades e centros acadêmicos de cursos.

Sem terra e Sem Teto
O MST é um dos principais articuladores das manifestações contra o impeachment. Organizado em todos os estados, afirma que conseguiu terra para cerca de 350 mil famílias no país.
O MTST, em que pese ter ganhado menos destaque que o MST, tem crescido nos últimos anos na mobilização por moradias urbanas. Reúne famílias de trabalhadores formais e informais, subempregados, desempregados e defende moradia digna para todos, com o fim do aluguel.

Movimento negro
São várias as organizações da causa negra que participam da mobilização, entre elas a UNEafro Brasil – União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora. Agrega militantes da luta antirracista, da causa das mulheres, da diversidade sexual e do combate a todos os tipos de discriminação e preconceito. Organiza núcleos de atuação em diversas áreas, como os cursinhos pré-vestibulares comunitários que atendem jovens e adultos oriundos de escolas públicas.
Outra entidade é a UNEGRO, que tem 25 anos de existência os quais define como “marcados pela defesa da vida, cidadania e igualdade de oportunidades para a maioria da população brasileira”.

Mulheres
Também são vários os movimentos de mulheres à frente das manifestações de amanhã. Uma das principais é a UBM – União Brasileira de Mulheres. A entidade defende um Brasil diferente, parte de um mundo de igualdade, onde sua metade feminina não seja discriminada por sua condição de cidadã e trabalhadora.

Cultura
O Fora do Eixo está à frente da mobilização junto com uma variedade de movimentos culturais e artísticos. É uma rede colaborativa que prega a substituição da noção de interesse pela de valores no cotidiano do trabalho dos artistas, produtores e bandas, a substituição do foco nos produtos pelo foco nos processos, a substituição da racionalidade instrumental pela racionalidade comunicativa (dialógica) nas relações de trabalho e produção artístico-cultural e substituição dos valores de individualismo pelos valores de associativismo / cooperativismo. O produtor cultural Pablo Capilé é um dos idealizadores do Fora do Eixo.

Partidos Políticos
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que reúne vários dissidentes do PT, e o Partido Comunista do Brasil (PC do B), integrante da base de apoio do governo. O PT, em que pese apoiar a mobilização, não aparece como organizador.

Também estão na lista de apoiadores intelectuais, religiosos, artistas de diversas áreas, políticos e outras entidades e movimentos como:
Juventude Anticapitalista
União da Juventude Socialista (UJS)
Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)
Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG)
Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet)
União da Juventude Rebelião (UJR)
Coletivo de Mulheres Rosas de Março
Coletivo Ação Crítica
Coletivo Cordel
Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras)
Federação Única dos Petroleiros (FUP)

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