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R. R. Soares, da Igreja Internacional da GRaça de Deus. Foto: divulgação da igreja.
R. R. Soares, da Igreja Internacional da GRaça de Deus. Foto: divulgação da igreja.| Foto:
R. R. Soares, da Igreja Internacional da GRaça de Deus. Foto: divulgação da igreja.

R. R. Soares, da Igreja Internacional da GRaça de Deus. Foto: divulgação da igreja.

O Ministério de Relações Exteriores, comandado por José Serra (PSDB-SP), expediu passaportes diplomáticos para o líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, R. R. Soares, e sua esposa, Maria Magdalena Ribeiro Soares. Segundo a revista Forbes, Soares é o quinto pastor mais rico do Brasil.

Esta não é a primeira vez que Serra expede esse tipo de documentação para representantes evangélicos. Menos de uma semana depois de ter assumido o cargo, o novo ministro concedeu passaporte diplomático ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus.

Ferreira está sob investigação na Lava Jato suspeito de lavar dinheiro da propina para Eduardo Cunha (PMDB) por meio de sua igreja, em Campinas. O pastor nega envolvimento. O caso está com o juiz Sergio Moro.

O passaporte diplomático permite ao seu detentor entrar e sair de alguns países com relação diplomática com o Brasil sem a necessidade de visto ou qualquer outra burocracia.

A explicação do governo é que o documento é “concedido a diplomatas ou a cidadãos brasileiros que, de alguma forma, desempenhem funções de representação do país”. O pastor se encaixaria nesse último requisito. Só não há explicação do tipo de representação que R. R. Soares desempenha para o Brasil.

O decreto 5.978, de 2006, não prevê a concessão desse tipo de passaporte a líderes religiosos. Entre as pessoas que podem recebê-lo, estão o presidente e o vice-presidente da República, ex-presidentes, governadores, ministros, ocupantes de cargo de natureza especial, militares em missões da ONU, ministros do STF, o procurador-geral da República e juízes brasileiros em tribunais internacionais, dentre outros.

O Itamaraty diz que a política de conceder os passaportes a líderes evangélicos busca dar igualdade de tratamento às diferentes religiões, já que líderes católicos recebem o documento também.

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