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Por que é um barato ser um vampiro
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Aos poucos mas fiéis leitores do blog, peço desculpas pela ausência prolongada nos últimos dias (pra não dizer semanas). Muito trabalho e pouco tempo, foi o que aconteceu. Creio que, agora, o blog volta à sua programação normal.

Hoje, especialmente, vou deixar de lado as adaptações de quadrinhos (já que segunda normalmente é dia de comentar sobre isso), para falar de um filme que estava querendo assistir novamente há um bom tempo. Ontem à noite, para coroar o final da folga de fim de semana, revi o clássico teen oitentista Os Garotos Perdidos (The Lost Boys, 1987), de Joel Schumacher.

Em tempos de Crepúsculo e outros derivados, a aventura juvenil sobre vampiros de Schumacher soa datada para os espectadores de hoje, com seus efeitos especiais toscos e figurinos mirabolantes. De qualquer maneira, vale como registro de uma boa época – ainda mais para darmos de cara com alguns rostos famosos dos anos 80 que acabaram caindo no ostracismo, como Jason Patric e Corey Feldman (que participou da trupe de Os Goonies dois anos antes). Corey Haim, outro dos protagonistas e alívio cômico do filme, morreu em 2010. Você provavelmente se lembra dele do filme Sem Licença para Dirigir (License to Drive, 1988), clássico da Sessão da Tarde em que Haim voltava a atuar com Feldman.

Divulgação.

O chamariz de Os Garotos Perdidos, que fez a cabeça da garotada na época, estava estampado logo no cartaz do filme. “Dormir de dia. Fazer festa a noite toda. Nunca ficar velho. Nunca morrer. Ser vampiro é o maior barato”, dizia o pôster. No filme, assim como os garotos perdidos de Peter Pan, a gangue de vampiros liderada pelo malvadão Kiefer Sutherland passa as noites voando por aí (literalmente), travestidos de rock stars, sem se preocupar com a rotina de “gente grande”. Com suas motos estilosas e jeito de bad boys, são os típicos delinquentes de cidades pequenas, aqueles de quem as mães procuram manter as filhas longe. A diferença é que, nas horas vagas, os rebeldes sem causa matam a fome com alguns cidadãos inocentes.

Os Garotos Perdidos, assim como outros tantos filmes de todas as décadas, lança mão da premissa da família que vem de longe e precisa se adaptar à uma nova cidade, desta vez um pequeno município litorâneo. O irmão mais velho, Jason Patric, logo cai nas garras da gangue de vampiros e, meio sem saber na roubada em que está se metendo, se torna um deles. O atrapalhado irmão mais novo (Corey Haim) aciona então dois outros garotos esquisitões, que se dizem experts em vampiros.

O filme de Schumacher é um misto de comédia, aventura e terror, embalado por uma trilha sonora pop/rock descolada – você certamente se recorda da música tema, “Cry Little Sister”, de Gerard McMann. Os excessos, como os vampiros que explodem ou se esvaem em sangue quando mortos, mais fazem rir do que assustam. Diversão descompromissada com alguns rostinhos bonitos, muita música e uma nova roupagem para um personagem de horror clássico. A fórmula deu certo e entrete bem até hoje. Até porque, cá entre nós, os vampiros cabeludos e posers de Os Garotos Perdidos soam muito mais ameaçadores do que o brilhante Edward e sua trupe.

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Os Garotos Perdidos teve sequências recentes em 2008 e 2010, em que Corey Feldman volta para o papel do matador de vampiros aficionado por quadrinhos. Nem vou dizer que são dispensáveis porque nem sequer me dei ao trabalho de assistir. Mas sem Kiefer Sutherland pra tocar o horror na gurizada ao som de The Doors e INXS, tenho certeza que não têm a mesma graça.

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E você, é um dos nostálgicos que se sentiu tentado a virar um vampiro a assistir Os Garotos Perdidos? Ainda se diverte assistindo ao filme?

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