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Sessão HQ: por que Guardiões da Galáxia é o filme mais divertido da Marvel até aqui
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Lá no começo de abril, publiquei um post intitulado Capitão América 2 é o melhor filme da Marvel? A segunda adaptação à telona do Capitão, que a esta altura você já deve ter assistido, é um bom flime, em se tratando de uma aventura baseada em histórias em quadrinhos. Um filme mais sério, “pé no chão”, com potencial para agradar o público adulto que não necessariamente lê HQs. E agora surge a nova empreitada da Marvel Studios no cinema: Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy), uma aventura espacial com um bando de personagens desconhecidos. Vou resistir à tentação de usar de novo o adjetivo “melhor”, até porque, convenhamos, é um termo bastante vago. A palavra que mais se encaixa aqui, certamente, é diversão. E é isso. Guardiões da Galáxia é mesmo o filme mais divertido da Marvel até o momento. Sim, mais do que Vingadores (The Avengers, 2012) ou o primeiro Homem de Ferro (Iron Man, 2008).

Entre socos, tiros e piadas: equipe disfuncional, na verdade, funciona muito bem na tela.

Entre socos, tiros e piadas: equipe disfuncional, na verdade, funciona muito bem na tela. (Foto: Divulgação)

Havia, até então, o consenso entre críticos, analistas e entusiastas das adaptações de super-heróis que este seria o filme mais “arriscado” da Marvel Studios. Afinal, não havia ali um grande protagonista que seria facilmente reconhecível pelo público, como Thor, Hulk ou outros. Além do mais, seria uma aventura bastante “descolada” do restante do universo integrado do estúdio, sem referências diretas aos outros heróis ou filmes. E, por fim, todo o filme se passaria no espaço, havendo aí a necessidade de se criar um universo inteiramente novo, com uma mitologia própria.

Acabou que esses elementos de “risco” são justamente os principais trunfos de Guardiões da Galáxia e que permitem que o filme funcione tão bem como um produto de entretenimento acima da média — sem que o espectador seja subestimado durante a projeção, o que é muito comum em produções do gênero. O fato da trama ser baseada em uma série de histórias em quadrinhos parece mesmo ser secundário. A grande maioria de nós nunca viu aqueles personagens antes na vida (me incluo nessa), mas é fácil nos apaixonarmos pelo grupo e suas esquisitices. Finalmente temos personagens (e atores) que alcançam e talvez até ultrapassem o carisma de Robert Downey Jr. e seu Homem de Ferro.

Peter Quill, vivido por Chris Pratt: enfim um ator pra fazer altura ao carisma de Robert Downey Jr.

Peter Quill, vivido por Chris Pratt: enfim um ator pra fazer altura ao carisma de Robert Downey Jr. (Foto: Divulgação)

E olha que estamos falando de um pequeno guaxinim falante e invocado e seu amigo que, em resumo, é uma árvore ambulante. Cada um dos integrantes da equipe tem seu espaço bem definido e características marcantes, mesmo que eles não tenham sido apresentados antes em outros filmes. A trama pode até ser apressada em alguns momentos, mas há tempo suficiente para que o público crie essa empatia com os protagonistas e veja como plausível a formação do grupo.

E é na interação entre esses personagens que o filme ganha ares de comédia, com piadas e provocações dirigidas uns aos outros a todo instante. Ao mesmo tempo, as cenas de ação são competentes e chamativas, embaladas em uma fotografia (bem) colorida e um 3D competente. É inevitável pensar na saga Guerra nas Estrelas (Star Wars), que surge como evidente inspiração, principalmente na condução dos personagens — Peter Quill, interpretado por Chris Pratt, é um Han Solo revisitado, assim como o monossilábico Grott lembra de longe o papel de Chewbacca.

Cumprindo tabela: vilões são um dos pontos fracos da produção, embora tragam um visual todo estiloso.

Cumprindo tabela: vilões são um dos pontos fracos da produção, embora tragam um visual todo estiloso. (Foto: Divulgação)

Ok, como de praxe há alguns problemas comuns em produções do gênero. O vilão (que também lembra outro personagem famoso de Star Wars, um tal de Darth Vader) não tem uma motivação convincente e a batalha final tem uma resolução um tanto quanto forçada. Uma das cenas, que mostra a equipe enfim concordando em juntar forças por um objetivo comum, beira a pieguice total e parece uma imitação de tantas outras já retratadas no cinema. Mas, cá entre nós, nada que prejudique a experiência. Assista e, claro, ouça sem moderação — a trilha sonora é elemento fundamental da narrativa e de extremo bom gosto (já estou procurando o playlist pra baixar em algum lugar).

Veja abaixo um dos trailers de Quardiões para entrar no clima:

A Marvel Studios produziu um vídeo muito bacana que reúne trechos de todos os 10 filmes lançados até o momento nas fases 1 e 2 do seu universo integrado, em ordem cronológica. O vídeo foi divulgado em um painel na San Diego Comic Con deste ano. Confira abaixo:

Já assistiu a Guardiões da Galáxia? O que achou do filme? Deixe sua avaliação aqui no blog!

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