• Carregando...
Top 5: doidos de pedra (e mortais)
| Foto:

Faz tempo que não rola um Top 5 aqui no blog. Na verdade, sei que os posts estão meio bagunçados – a intenção é publicar as listas sempre na sexta-feira -, mas prometo que logo coloco ordem na casa.

Desta vez, vou aproveitar a comoção que o fim da série de TV Dexter está causando para lembrar alguns assassinos, psicopatas e afins que marcaram a história recente e antiga do cinema. A afeição que uma legião de espectadores sente pelo analista forense que, nas horas vagas, é serial killer, é emblemática e mostra como este tipo de personagem atrai nossa atenção e, algumas vezes, nossa simpatia.

Para este Top 5, optei por fugir do lugar comum e deixar de lado as figuras mais populares, como o Hannibal Lecter de Silêncio dos Inocentes, o sinistro Jigsaw de Jogos Mortais e tantos outros assassinos que frequentam filmes de terror, de Jason a Michael Myers.

Não deixe de seguir a página do blog no Facebook, para acompanhar as atualizações e outras curiosidades sobre cinema!

TOP 5: FILMES PROTAGONIZADOS POR PSICOPATAS, ASSASSINOS E OUTROS INDIVÍDUOS ASQUEROSOS 

Psicopata Americano (American Psycho, 2000)

Christian Bale já tinha uma série de filmes no currículo, mas foi neste aqui que ele finalmente despontou e chamou a atenção do público e crítica por sua atuação despirocada como um executivo de Wall Street que se deixa levar por fantasias sádicas. O protagonista Patrick Bateman é o típico bom vivant que freqüenta os melhores restaurantes, veste as roupas mais caras e vive rodeado de belas mulheres. Mesmo assim, sua vida parece ter pouco sentido – a não ser quando sai pela rua em busca de mendigos para matar ou atrai prostitutas em sua casa para um banho de sangue. Algumas cenas são antológicas, como a que mostra as reações extremas de Bateman ao ver os cartões de contato de seus amigos e a sequência onde o executivo corre pelo apartamento nu, coberto de sangue e segurando uma serra elétrica, perseguindo uma mulher, totalmente fora de si. O filme é baseado no romance de Bret Easton Ellis, uma sátira e crítica mordaz contra o estilo de vida dos jovens ricaços de Wall Street.

Violência Gratuita (Funny Games, 1997)

Filmes de “invasão de domicílio”, que retratam famílias feitas reféns por assaltantes ou assassinos, não são novidade. Aqui, o diretor alemão Michael Haneke leva este subgênero a um nível mais profundo, em uma história brutal e, principalmente, provocativa, no sentido em que “brinca” com a percepção e o fascínio do espectador pela violência. No filme, um casal e seu filho vão passar alguns dias em uma casa à beira de um lago quando são abordados por dois jovens inocentes. Até que a dupla, após conquistar a confiança da família, mostra suas verdadeiras intenções e reúne todos em um insano e sádico jogo de terror, simplesmente para levar ao limite o casal e seu filho – e, consequentemente, o espectador. Uma das cenas mais controversas é quando um dos torturadores, ao ter seu amigo morto, simplesmente pega o controle remoto, volta a narrativa do filme e salva seu amigo – lembrando a quem assiste que a trama não possui lá muito sentido, assim como a nossa fascinação pelo que ocorre na tela. Haneke foi indicado à Palma de Ouro de Cannes pelo filme e, curiosamente, refilmou a história dez anos depois, desta vez com um elenco hollywoodiano, que contou com Naomi Watts e Tim Roth.

Henry – Retrato de um Assassino (Henry: Portrait of a Serial Killer, 1986)

Provavelmente desconhecido do grande público e filmado de maneira crua e visceral, Henry é considerado um dos filmes de serial killers mais perturbadores já feitos. Baseada na história real de um assassino, Henry Lee Lucas, a trama acompanha a rotina de ataques feitas pelo protagonista e seu amigo, com quem divide um apartamento. Em certo momento, os dois roubam uma câmera de vídeo e, então, passam a filmar suas mortes, que incluem estupros e assassinatos de famílias inteiras. As cenas são apresentadas de maneira quase banal, sem recursos para aumentar o suspense e a tensão e, por isso, são inesperadas e chocantes. A excelente atuação de Michael Rooker como Henry torna tudo ainda mais assustador. Mais uma vez, pra quem tem estômago forte.

Seven – Os Sete Crimes Capitais (Se7en, 1995)

Ao se pensar em psicopatas, assassinos seriais e indivíduos do tipo, difícil não falar de Seven, segundo filme do diretor David Fincher, depois do problemático Alien 3. A trama sinistra, em que uma dupla de detetives investiga uma série de assassinatos baseados nos sete pecados capitais, é ajudada em muito pelas grandes atuações, muito acima da média para um filme de suspense. Kevin Spacey surge apenas ao final como o serial killer John Doe, mas, desde o primeiro momento, sedimenta seu papel no hall de grandes vilões do cinema. O perturbador final, envolto na tensão sobre “o que está dentro da caixa”, ficou marcado na memória de muita gente. Eu mesmo, quando assisti, tive pesadelos por um bom tempo com as imagens medonhas das vítimas encontradas por Brad Pitt e Morgan Freeman.

M, O Vampiro de Dusseldorf (M, 1931)

Um filme que retrata um assassino serial de crianças, lançado nos dias de hoje, já teria por si só potencial para ser chocante e ser repelido por boa parte dos espectadores. Agora, imagine essa premissa chegando às telas no alvorecer do cinema, nos primeiros dias dos filmes falados, em 1931. Acontece que quem está por trás é o genial cineasta Fritz Lang e, ao fim, temos um filme “arte” e não somente um suspense sobre assassinatos. Na trama, um patético homem de olhos esbugalhados – papel que lançou Peter Lorre ao estrelato – percorre as ruas de uma cidade alemã seguindo crianças que mais tarde sumirão do mapa. Os desaparecimentos causam comoção entre a população, que pressiona a polícia e acaba por incentivar que os próprios cidadãos saiam à cata do “monstro”. O clímax do filme reside em um discurso atormentado do assassino, que tenta explicar sua natureza aos criminosos que o capturaram. O argumento dele é que estas pessoas escolheram praticar crimes, enquanto ele é vítima de uma compulsão. Aí está um filme histórico e indispensável para qualquer cinéfilo.

*

Para você, quais outros psicopatas, serial killers e afins do cinema merecem ser lembrados? Comente aqui no blog!

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]