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Top 5: Stephen King na telinha
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Passei boa parte da minha adolescência debruçado sobre os livros de Stephen King. Se o nome não lhe parece familiar, explico: trata-se de um dos escritores americanos mais vendidos desse mundão aí, responsável por obras como O Iluminado, A Coisa, A Torre Negra e tantas outras. É cômodo defini-lo como um escritor de livros de suspense ou terror, mas os temas que aparecem em suas história são tão diversos que já há um bom tempo ele deixou para trás esse rótulo.

Aos 65 anos, Stephen King continua em plena atividade, para deleite dos fãs – e da indústria cinematográfica. O prolífico escritor já teve uma infinidade de obras adaptadas para as telas. Algumas, mais requintadas, a ponto de concorrerem ao Oscar. Outras, um tanto quanto vergonhosas, caíram no esquecimento ao lado de outros filmes trash.

Por isso, é uma tarefa ingrata separar apenas cinco filmes cujas histórias nasceram na mente do escritor. Mas, como a intenção aqui é trocar sugestões, aqui vão as minhas. Fiquem à vontade para deixar as suas nos comentários!

Top 5: cinco filmes essenciais baseados em obras de Stephen King

Conta Comigo (Stand by Me, 1986)

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Conta Comigo: pra assistir ao lado dos amigos de verdade.

Nada mais do que uma verdadeira ode à amizade, o filme é uma aventura cativante que serve para mostrar como King não se resume à aparições sobrenaturais e monstros amedrontadores. Um grupo de amigos se reúne numa expedição para encontrar o que seria o corpo de um outro garoto atropelado em uma linha de trem. Ao longo do passeio, vão se deparar com sanguessugas, dramas familiares vindo à tona e uma turma de rebeldes sem causa liderada por Kiefer Sutherland. No grupo dos guris, alguns rostos familiares, como o de River Phoenix, Jerry O’Conell e Corey Feldman.

O filme é baseado em no conto O Corpo, presente no livro As Quatro Estações.

O Iluminado (The Shining, 1980)

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O Iluminado: Jack Nicholson em uma de suas atuações mais amalucadas.

Um dos mais inspirados diretores de cinema adapta aquela que é considerada por muitos a obra máxima de Stephen King. Não tinha como dar errado. Acontece que o filme de Stanley Kubrick foi ainda mais longe e garantiu seu lugar no seleto rol das maiores produções de horror já feitas. Jack Nicholson está assustador no papel do pai de família que vai enlouquecendo aos poucos e se torna uma ameaça tão perigosa quanto as aparições que rondam o Overlook Hotel, do qual é zelador. Várias cenas entraram para o imaginário coletivo dos espectadores de cinema, como o mar de sangue descendo pelo elevador, o garoto pedalando pelos corredores do hotel até se deparar com as irmãs gêmeas, a cabeça de Nicholson em meio à porta destroçada… O curioso é que o próprio King não gostou do resultado, talvez pelas várias mudanças feitas na história (principalmente no desfecho da trama). Em 1997, o escritor liderou outra adaptação em forma de minissérie para a TV, dessa vez muito mais fiel, mas sem um décimo do peso do filme de Kubrick.

Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994)

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Um Sonho de Liberdade: esse deveria estar no post “Confesso que chorei”.

Difícil achar quem não tenha se emocionado com esse filme, que conta a história de um bancário condenado à prisão pelo assassinato da esposa e do amante dela. A história se passa na década de 1940 e foca no relacionamento entre o bancário Andy Dufresne, interpretado por Tim Robbins, e outro detento que cumpre uma longa pena, vivido por Morgan Freeman (o personagem também é o narrador da trama). No decorrer de vários anos, Andy acaba conquistando a simpatia do diretor da prisão e dos guardas, mas não deixa de sonhar em voltar para o mundo “lá fora”. Foi indicado a sete Oscar, incluindo Melhor Filme, mas não levou nenhum (um tal Forrest Gump monopolizou as premiações naquele ano).

Assim como Conta Comigo, Um Sonho de Liberdade é baseado em outro conto presente no livro As Quatro Estações, intitulado Rita Hayworth e a redenção de Shawshank.

Louca Obsessão (Misery, 1990)

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Louca Obsessão: tirem a marreta da mão dessa mulher, por favor…

Após terminar um livro, um escritor de sucesso sofre um acidente de carro em uma cidadezinha atacada por uma nevasca. É resgatado por uma enfermeira que, vejam só, é uma fã ardorosa. Sortudo, não? O problema é que a mulher acaba lendo o manuscrito da obra recém terminada e não gosta nada do que vê. Falar mais pode estragar algumas surpresas deste suspense admirável, que se desenvolve quase inteiramente na relação tensa entre o escritor, interpretado por James Caan, e sua “salvadora”, vivida por Kathy Bates (que inclusive levou o Oscar de Melhor Atriz por este papel).

O livro, com o título traduzido para Angústia, chegou a ser lançado no Brasil, em 1991, mas, desde então, não foi mais reeditado, pelo que sei. Pra encontrar, só com muita sorte nos sebos.

Carrie, A Estranha (Carrie, 1976)

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Carrie, A Estranha: não, não é sangue de gente. Pelo menos por enquanto…

O primeiro livro de Stephen King e o primeiro sucesso de Brian De Palma. A história é bem conhecida: uma garota com poderes telecinéticos é oprimida tanto em casa, pela mãe, uma fanática religiosa, quanto na escola, pelos colegas que estranham seu jeito retraído. Chega o baile de formatura, Carrie consegue um acompanhante e inclusive leva o título de rainha da festa. Aí, algo dá errado e a cidade inteira vai abaixo (literalmente). O filme chegou a concorrer a dois Oscar, de Melhor Atriz, para Sissy Spacek, que interpreta Carrie, e Melhor Atriz Coadjuvante, para Piper Laurie, que faz a mãe da jovem. A imagem de Carrie banhada de sangue e com os olhos esbugalhados se tornou clássica.

**

Sim, deixei vários bons filmes de fora, como À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999), A Hora da Zona Morta (The Dead Zone, 1983) e O Aprendiz (Art Pupil, 1998). Mas como são só cinco… e pra você, quais são os filmes essenciais baseados na obra de Stephen King?

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