Aécio e Dilma zombam do eleitor ao criticar Marina, mas não apresentar programa de governo

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Marina Silva (PSB) tem sofrido um bullying ferrenho de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) por ter voltado atrás em alguns aspectos do plano de governo que apresentou no dia 29 de agosto. O tucano e a petista escolheram até a mesma alegoria para criticá-la. Dizem que suas propostas são escritas com caneta e não a lápis, como as da ambientalista.

Vale lembrar que Marina assumiu a candidatura no dia 20 de agosto, após a morte trágica de Eduardo Campos. E que nove dias depois publicou seu programa de governo, com algumas adaptações em relação ao de Campos. É mais aceitável que ela admita problemas no documento do que simplesmente não ter nada em mãos para mostrar (aliás, as propostas estão longe de ser um primor).

Faltando 13 dias para o primeiro turno, já se sabe que Dilma não vai apresentar programa. Segundo os petistas, o programa dela é a continuidade daquilo que já vem sendo feito. Tá bom…

Aécio diz que ainda vai apresentar um programa – só não se sabe quando. No fundo, parece um daqueles alunos que vivem negociando com o professor novos prazos para entregar trabalho escolar. Não pode reclamar se, depois do dia 5 de outubro, o eleitor decidir que ele não merece nem ficar de recuperação.

Programas de governo são importantes porque servem para que o eleitor tenha, no papel, o que cobrar dos candidatos. Por exemplo, sobre os erros de Marina Silva. Quem não apresenta nada, não se compromete com nada – e não quer nada com nada.