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Assembleia põe Congresso no chinelo
| Foto:
Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Jermina (esq.) e Vanilda Leal, agricultoras de Cerro Azul, moram em casebres de madeira e chão de terra batida, mas aparecem como beneficiárias de altos salários “pagos” pela Assembleia. Situação levou o MP a investigá-las. As duas ainda correm o risco de perder o Bolsa Família que as sustenta

Um esforço conjunto de reportagem da Gazeta do Povo e da RPC-TV está escancarando um dos maiores escândalos da administração pública paranaense. A história dos atos secretos da Assembleia Legislativa do Paraná mostra uma prática grosseira de manipulação de documentos na qual parece que os envolvidos tem a nítida sensação de que fazem parte de outro universo, intangível pela Justiça.

As matérias dos jornalistas Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatche são uma lição de como a imprensa é importante para evitar a perpetuação desses casos escabrosos.

Os textos são resultado de mais de um ano de apuração e desvendam casos de contratações estranhíssimas, como as de duas agriculturas de Cerro Azul que moram em uma tapera de madeira, mas que teriam recebido R$ 1,6 milhão em salários entre 2004 e 2009.

O escândalo é mais profundo que o dos atos secretos do Senado, escancarado no ano passado. Em Brasília, no entanto, a divulgação das irregularidades gerou muita repercussão e poucas medidas práticas.

Tomara que no Paraná o desfecho seja outro.

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