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Após eleger 105 deputados e conquistar a maior bancada da Câmara Federal em 1998, o DEM está hoje quase quatro vezes menor, com apenas 27 cadeiras. O último golpe foi a criação do PSD, no ano passado, que levou 17 congressistas do partido, além do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Agora, o partido enfrenta outra crise com as denúncias de envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o empresário de jogos Carlinhos Cachoeira.

“A situação do DEM é cada vez mais complicada porque o partido simplesmente não consegue renovar seus quadros”, avalia o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília. Segundo ele, a legenda passou por um processo de perda de identidade. Fundada em 1985 como Partido da Frente Liberal (PFL), a sigla surgiu no espectro da centro-direita, mas foi amenizando o discurso liberalizante após a ida para a oposição, em 2003, a partir do governo Lula.

Em 2007, trocou o nome para Democratas. Depois da criação do PSD, várias lideranças do DEM, como o senador Demóstenes Torres, voltaram a encampar um discurso da direita conservadora, com foco na livre iniciativa, na redução do papel do Estado na economia e na diminuição dos impostos. “Até haveria um espaço para uma nova direita no Brasil, mas acho que o DEM está estigmatizado demais. Não vejo saída a curto prazo”, opina Nogueira.

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