Independentemente do vencedor das eleições presidenciais, um empate é certo. Nem Dilma Rousseff (PT), nem José Serra (PSDB) conquistaram votos em massa pelo carisma pessoal. Aliás, ambos são ossos duros de roer.
Dilma começou a campanha completamente desprovida de jogo de cintura. Melhorou bastante, mas está longe de ser uma Michele Bachelet. Não se livra do discurso tecnocrata, da linguagem do PowerPoint.
Serra também passa longe de empolgar com a conversa de mutirões e trololós. Discursa bem melhor que a adversária, mas tem um que indiscutível de Ciro Gomes. Exagera na dose quando entra em divididas com jornalistas.
Seria esse empate técnico uma tragédia?
Longe disso. O Brasil passou do tempo em que vivia à espera de um messias (embora muitos fanáticos religiosos tenham insistido na tese ao longo do atual segundo turno). É melhor um presidente responsável do que um pavão.
Quem achar o contrário, ganha uma temporada na Itália com Berlusconi.
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