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Dilma, diga-me com quem jantas
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Dilma Rousseff foi da meca do capitalismo (o Fórum Econômico Mundial, em Davos) para o templo do socialismo (Havana), mas o que está pegando entre a opinião pública brasileira é o rolezinho da presidente no meio do caminho, em Lisboa.

A escala na capital portuguesa foi de apenas uma noite. A polêmica está no fato de que incluiu uma diária num dos hotéis mais caros da cidade, o Ritz Four Seasons, que varia de € 360 (R$ 1.188) para um quarto comum a € 8.265 (cerca de R$ 27 mil) para a suíte presidencial, mais um jantar no bacanudo restaurante Eleven.

Mais do que os valores, o estranho dessa história toda é que a passagem pela Terrinha foi e vem sendo tratada pelo governo como algo de sigilo máximo. A programação não previa a parada, embora o restaurante tenha sido vistoriado por agentes brasileiros três dias antes do jantar.

Aliás, até a conta é um mistério. Dizem que havia oito pessoas e que cada um pagou a sua parte – incluindo Dilma.

A presidente tem o seu salário e o direito de gastá-lo como bem entender. Mas uma viagem em missão oficial envolve todo um aparato de segurança – e com ele, um caminhão de dinheiro público – que tornam a discussão sobre o assunto mais do que necessária (e não simplesmente mesquinharia, como tentam vender).

Outro exemplo do gênero: o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, envolveu-se num desgaste político tremendo após peripécias por Paris. Talvez nunca mais saia dessa.

Ninguém quer que Dilma, Cabral ou qualquer outro político em exercício de mandato vivam em uma redoma. Mas, enquanto representam seus contribuintes, é de se esperar que eles prestem contas a quem efetivamente paga a conta.

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