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Há um certo constrangimento no governo federal provocado pela notícia das privatizações dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e de Brasília (DF). Aliás, o termo “privatização” foi praticamente extirpado do anúncio. Só vale falar em “concessão”.

Claro que tudo isso remete às últimas campanhas eleitorais contra o PSDB. Privatizar virou palavra proibida entre os petistas. Só pode ser usada for para fustigar a “privataria” dos tucanos.

A decisão de Dilma, contudo, é bem justificável. Os termos das concessões são, à primeira vista, razoáveis. E extremamente necessários para um governo que não tem como suprir a demanda de investimentos dos aeroportos brasileiros.

O modelo adotado será o de Sociedades de Propósito Específico (SPE), na qual os investidores privados terão participação de 51% e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) de 49%. O edital de licitação será publicado em dezembro e será o primeiro passo para a abertura de capital da estatal.

A SPE funcionará como uma empresa privada e ficará responsável por novas construções e pela gestão desses aeroportos. Caberá à Infraero o papel de acionista.
Claro que a privatização não vai resolver a questão do dia para noite. Por isso mesmo já deveria ter sido decidida há anos, ainda no governo Lula. Aliás, dizem que a própria Dilma já defendia o processo enquanto ministra da Casa Civil.

Chegou a hora de tirar o atraso. E não há do que se envergonhar.

Vergonha mesmo é deixar os aeroportos do jeito que estão.

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