Vice-presidente do Conselho de Ética, o paranaense Sandro Alex (PPS) diz que o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é “um dos mais importantes da história do Legislativo”. Veja o que ele pensa sobre o caso, cujo relator será escolhido na tarde desta terça-feira (3/11).
O sr. aceitaria relatar o caso Eduardo Cunha?
Não tenho nenhum empecilho. É feito primeiro um sorteio de três nomes e depois uma escolha final pelo presidente. Eu estou lá para colaborar. Se for sorteado e o presidente depois me escolher, vou aceitar a tarefa.
Qual será o nível de dificuldade do processo?
É um dos processos mais importantes da história do Legislativo. Se você for avaliar, há pouquíssimas denúncias semelhantes envolvendo um presidente da Câmara. Isso por si só é um fato histórico.
A pressão da opinião pública ajuda ou atrapalha?
Claro que a imprensa vai acompanhar massivamente. Minha opinião é que temos de agir como magistrados. Durante o processo, pouco deve ser falado.
Como está o clima no Conselho?
Há um clima de apreensão. Fala-se muito sobre mudanças [troca de conselheiros e de blocos partidários], mas acho que a definição da escolha do relator começa a tornar as coisas mais claras.
Uma das estratégias de Cunha é colocar vários processos para ser julgados ao mesmo tempo pelo Conselho. Isso atrapalha?
Olha, todo caso seguirá o seu devido processo legal. Alguns desses novos casos parecem irrelevantes, mas é cedo para falar. Acho que o julgamento do presidente da Casa não será comprometido. Um magistrado, por exemplo, sempre julga vários processos ao mesmo tempo. Com discernimento, tudo vai transcorrer bem.
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