É muito cedo para análises sabichonas sobre a morte de Osama Bin Laden. Por enquanto, só dá para se basear em ações e reações concretas. E elas são bem previsíveis.
Barack Obama fez questão de falar em “justiça” ao justificar o assassinato do terrorista. É coerente, mas mais coerente ainda seria falar em “vingança”.
O assassinato do islamita no Paquistão nada mais é do que a aplicação do “olho por olho, dente por dente” da Lei de Talião. Regra utilizada desde 1780 A.C., no Código de Hamurabi, na Babilônia.
Em uma comparação recente, também lembra muito a operação “Cólera de Deus”, em que Israel se vingou do massacre de atletas do país nas Olimpíadas de Munique, em 1972 (o episódio está bem retratado no filme Munique, dirigido por Steven Spielberg).
A questão é que a subsequência de ataques têm um efeito devastador. Por mais que a vingança (ou a sensação de se fazer justiça) seja inerente ao ser humano, violência gera violência.
Talvez a Al-Khaeda não seja mais a máquina terrorista de antes, mas tudo indica que haverá revide. Passado o regozijo da vingança, os próximos meses serão de muito medo no Ocidente.
Até quando?
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Sobre o legado do discurso de violência de Bin Laden, nada melhor que ler Clóvis Rossi, o melhor jornalista do Brasil.
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Para entender um pouco mais sobre a relação atual do mundo árabe com Osama Bin Laden (pelo menos antes do episódio de ontem) vale a pena ler o texto de Javier Valenzuela, no El País.
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Sobre os efeitos políticos do evento nos EUA, o mais indicado é o vizinho e amigo Rogério Galindo, do Caixa Zero.
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