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Fim dos marqueteiros nas campanhas. É possível?
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Odorico Paraguaçu: esse não precisava de marqueteiro.

Odorico Paraguaçu: esse não precisava de marqueteiro.

Uma surpresa no primeiro dia do grupo de trabalho sobre a reforma política: PT e PMDB e propuseram ontem limites à atuação de marqueteiros nas campanhas eleitorais.

O argumento do ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, é que os candidatos precisam se expor sem “adereços”, “edição” e “recursos gráficos”. “Senão vira filme do Coppola”, argumenta.

O curioso é que o marqueteiro João Santana, mentor das campanhas presidenciais petistas em 2006 e 2010, é apontado em Brasília como o 40º ministro do governo Dilma Rousseff. Santana tem voz ativa em praticamente todas as ações do Planalto.

Mas não é só ele. Todas as candidaturas (a qualquer cargo) com recursos são capitaneadas por marqueteiros. Em 2002, houve até o épico duelo entre os baianos Nizan Guanaes, que fez a campanha de José Serra (PSDB), e Duda Mendonça, escudeiro de Lula.

Uma das primeiras ações de Aécio Neves na atual pré-campanha presidencial foi contratar o publicitário Renato Pereira. No currículo, Pereira carrega a bola na trave com a campanha de Henrique Caprilles na Venezuela e quatro vitórias com o PMDB de Eduardo Paes e Sérgio Cabral na disputa pela prefeitura e o governo do estado do Rio.

Embora a proposta não pareça soar verdadeira, seria engraçado ver uma campanha em que os candidatos tivessem que agir 100% instintivamente, sem um conselheiro de como fazer lero-lero nos debates.

Duvido que eles topem.

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