

Morador de Londrina observa o painel, instalado no calçadão central, com a opinião dos parlamentares paranaenses sobre o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia
Brasília tem brasileiros de todos os cantos. E paranaenses, claro.
Há duas semanas, houve um encontro entre os imigrantes do estado na capital. Em um momento terapia em grupo, 27 pessoas falaram sobre as origens e desabafaram sobre como o paranaense é visto no Distrito Federal.
Quase todos seguiram a mesma linha. Concordaram que somos um pouco (ou muito) jacus. Sofremos para nos relacionarmos até entre nós mesmos – imagina então entre os descolados fluminenses e os expansivos nordestinos.
Só que a “jacuzice”, na verdade, seria muito mais timidez ou discrição, algo ligado ao nosso passado colono. E isso seria sim uma vantagem em um país de falastrões. Abrimos pouco a boca e trabalhamos muito.
Mas às vezes é preciso superar as próprias características, como aquele sujeito que vai à sacada desafiar o medo de altura.
Como os paranaenses já fizeram nas Diretas e no Fora Collor, hoje é dia de falar, questionar, extravasar contra a corrupção contra os descalabros na Assembleia Legislativa.
De Brasília, fico impressionado com o tamanho da mobilização que está sendo preparada para hoje em 13 cidades do Paraná. Fica a sensação de que “agora a coisa vai”.
E de que, “se não for”, os paranaenses fizeram a sua parte.
Afinal de contas, ser meio fechadão é uma coisa. Ser omisso, como os nobres deputados estaduais vem sendo até agora, é outra bem diferente.



