Podem até sair trocentas biografias, mas a melhor definição de Lula foi dada por ele mesmo, em 2007. Ao defender a manutenção da CPMF, o infame imposto do cheque que ele tanto criticava quando não havia chegado ao governo, o presidente recorreu a Raul Seixas e se disse uma “metamorfose ambulante”.
Não precisa ser um leitor assíduo de dicionário para substituir o termo por “ambíguo”. Pois como Gregor Samsa, Lula virou barata da noite para o dia ao comentar o Panetonegate de José Roberto Arruda.
Primeiro, disse que não era possível crucificar o governador do Distrito Federal porque “as imagens não falam por si”. Declaração que dá calafrios e remete aos temos do “eu não sabia” do mensalão petista de 2005.
Ontem, porém, a história foi outra. Lula qualificou o caso como “deplorável”. E disse que o Brasil precisa urgentemente de uma reforma política.
Mas por que a tal reforma não sai? Talvez por que o próprio presidente nunca comprou a briga de verdade, certo? Engraçado que para forçar a base aliada no Congresso a votar projetos de interesse do Palácio do Planalto, sempre há força…
Mas isso já é outra história. Mais de uma metamorfose por dia seria demais.
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