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As visitas à China em abril do ano passado e a atual à Índia são as mais longas feitas pela presidente Dilma Rousseff. Juntas, as duas vão consumir 16 dias (oito cada), o que corresponde a 31% do total de 52 dias nos quais ela passou em viagem a 21 países diferentes desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2011. A conta inclui as escalas feitas na Grécia, antes da che­­­gada em Pequim, e na Espanha, ontem, quando a co­­­mitiva presidencial parou em Granada para uma visita turística ao Palácio de Alhambra.

O ponto alto da viagem à Índia será o quarto encontro de cúpula dos chefes de Estado do grupo conhecido pela sigla Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Quando passou pela China em 2011, Dilma participou da terceira edição do evento. “Os Brics são como países-baleias, que estão descobrindo que têm muito mais a ganhar se começarem a nadar em cardume”, analisa o professor Argemiro Procópio, do Instituto de Relações In­­ternacionais da Universidade de Brasília.

Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacio­­­nal, os Brics devem ser responsáveis por 56% do crescimento da economia mundial ao longo de 2012. Já Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, países que formam o G-7, responderão por uma fatia de apenas 9%.

De acordo com Procópio, os números sobre as viagens da presidente mostram o peso que os Brics têm na estratégia de política externa do atual governo. “A Índia, por exemplo, é um parceiro fundamental que estava fora do nosso radar até muito pouco tempo atrás por um cochilo da nossa diplomacia. Somos duas potências na produção de açúcar e de bovinos”, afirma.

Em comparação às viagens de Lula, ao longo de 2011, Dilma fez 18 visitas ao exterior, menos da metade das 35 que o antecessor realizou em 2003, no seu primeiro ano de governo.

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