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Após dez dias de julgamento, sete e meio apenas para as defesas, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) começam hoje a apresentar os votos que vão definir o futuro dos 38 réus do mensalão. O relator do processo, Joaquim Barbosa, encerrou ontem à noite a apresentação das questões preliminares do processo. A “prévia” deu o tom da tensão que deve marcar as sessões decisivas.

Os ministros debateram cinco temas preliminares, que englobavam várias questões levantadas por advogados. Uma delas tratou de um pedido de declaração de impedimento de Barbosa para atuar como relator. A solicitação foi feita pelos defensores de Marcos Valério, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg. “Eles afirmam, em síntese, que eu teria agido de forma parcial, proferindo decisões com finalidade midiática”, disse o ministro.

Barbosa considerou a ação um “ataque pessoal” e sugeriu que o STF fizesse uma representação à Ordem dos Advogados do Brasil contra os advogados Antonio Sérgio Pitombo, Conrado Almeida Corrêa Gontijo e Leonardo Magalhães Avelar. Segundo ele, os termos utilizados no pedido “ultrapassam o limite da elegância e da urbanidade entre todos os personagens do processo”. A proposta, entretanto, contou apenas com o apoio do ministro Luiz Fux.

O posicionamento dos outros nove colegas foi criticado por Barbosa, que atacou o suposto corporativismo em defesa dos advogados. “Lamento muito que nós, como brasileiros, tenhamos que carregar certas taras antropológicas como essa do bacharelismo. A corte do país entende que isso [ataques de advogados a ministros do STF] não tem nenhuma significação.”

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