O ministro da Educação, Fernando Haddad, escapou hoje de uma polêmica no Senado e se jogou em outra. Ele havia confirmado presença em uma audiência na Comissão de Educação, presidida pelo paranaense Roberto Requião (PMDB), para debater o uso de livros didáticos avalizados pelo ministério e que trazem elogios ao governo Lula e críticas à gestão FHC.
O ministro não compareceu e mandou em seu lugar três funcionários do MEC – Daniel Silva Balaban (presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Sérgio Jamal Gotti (diretor de políticas de formação de materiais didáticos e de tecnologias para a educação básica) e Jane Cristina da Silva (coordenadora-geral de materiais didáticos).
Requião não gostou nadinha do “cano” de Haddad e simplesmente dispensou a participação dos funcionários. Segundo o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a decisão de não ouvi-los foi tomada pessoalmente por Requião.
A sessão, contudo, prosseguiu. O único a debater com os senadores foi Jorge Yunes, presidente da Associação Brasileira de Editoria de Livros Escolares.
Haddad deve ser convidado para outra audiência. E, além dos livros que dão tratamento diferenciado aos ex-presidentes, terá de falar sobre a polêmica em torno dos livros com problemas de português.
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