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No país do jeitinho, fica fácil jogar a culpa da corrupção só nos políticos
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Jeitinho

Quatro a cada cinco brasileiros (81%) têm a percepção de que é melhor “dar um jeitinho” do que seguir as leis. O dado é de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Possivelmente, você leu esse número e não caiu de costas para trás – convive com essa constatação desde sempre.

Enquanto isso, vale lembrar de que o esporte nacional é criticar a corrupção na política. Os deputados não valem nada, os senadores não valem nada, a presidente não vale nada. Pode até ser, mas a pesquisa só comprova que os escolhidos pela população são só um retrato dela mesma.

Não é moralismo, é fato. Você com certeza já deve ter visto algum sujeito bradar contra escândalos que envolvem petistas ou tucanos e, ao mesmo tempo, não se envergonhar de sonegar imposto, praticar suborno e manter contatos com políticos que sempre dão “aquela ajudinha” para burlar uma ou outra lei que os demais mortais precisam seguir.

Os quatro quintos do “jeitinho”, no fundo, admiram os políticos que metem a mão no jarro, mas que mantêm a capacidade de não serem pegos. Votam por cumplicidade. Mas não desistem de dizer que a culpa é dos outros.

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