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Nem só de discussões inacabáveis entre ministros que se detestam vive o julgamento do mensalão. Nos últimos 15 dias, o tráfego pesado de advogados, jornalistas e aspones no Supremo Tribunal Federal (STF) tem produzido um cenário curioso e meio bizarro.

Data venia, ao contrário dos juízes do caso, repórteres e defensores dos réus se confraternizam direitinho. Dividem barrinhas de cereal, contam piadas entre si, reclamam da falta de tomadas para notebooks no plenário.

O passatempo preferido é fazer bullying com Jô Soares, ou melhor, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ficou mais divertido quando se soube que ele odeia a comparação com o apresentador.

No geral, os doutores são um show à parte. Corre à boca pequena que a principal rixa entre eles e os ministros está no bolso. Enquanto os primeiros ganham até um R$ 1 milhão na defesa de um réu do mensalão, os outros ficam no teto constitucional de R$ 26,7 mil por mês (sem os descontos, frise-se).

Pode ser. Mas outro papo da turma do fundão aponta que muitos dos advogados dos atuais 37 réus do mensalão estão na lista dos cotados para serem ministros do STF. E que topariam trocar de lado no show do milhão.

Afinal, vaidade não tem preço. Assim como dar de cara com um advogado famosão passando cantada em uma jornalista 40 anos mais nova no bebedouro na saída do plenário.

“Ainda bem que você chegou. Assim eu posso passar o julgamento olhando para você e não para a cara do Joaquim Barbosa”, disse a excelência.

A menina ficou roxa de vergonha na hora. Tentou vazar para o plenário com um copo cheio d’água.

Foi barrada pelo segurança. Ao tentar tomar tudo de uma vez, deixou molhar a blusa branca.

Aí é que os doutores não quiseram mais saber mesmo de olhar para a cara de dor nas costas de Joaquim Barbosa.

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