Gilberto Kassab era mais um deputado federal do baixo clero quando, em 2004, foi catapultado a vice-prefeito na chapa de José Serra (PSDB). Como o tucano ficou menos de dois anos no cargo, a prefeitura da maior cidade do país caiu no colo de Kassab em 2006. Desde então, ele se transformou em um dos ícones da política brasileira (para o bem e para o mal).
Ao explicar a ideologia de sua maior obra, o PSD, Kassab ficou famoso por dizer que o partido não era de direita, nem de centro, nem de esquerda. O raciocínio seria engraçado não fosse colocado em prática ao pé da letra. Hoje Kassab deu outra declaração antológica.
“São coisas distintas, o projeto e as eleições municipais. Vamos continuar tendo a posição de independência em relação ao governo Dilma. Isso não impede algum filiado de, se for convidado [para o ministério], aceitar.”
A ideia é simples: o PSD vai apoiar o PSDB em São Paulo, mas também topa uma boquinha no governo petista de Dilma Rousseff.
Ou seja, Kassab topa qualquer negócio (de direita, centro e esquerda), desde que ele resulte em vitória.
É ou não a maior síntese da política brasileira?
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