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Por que só depois das manifestações?
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Reynaldo Stavale/ Divulgação

O Congresso Nacional tem trabalhado a jato nesta semana. Livrou-se de pepinos como a PEC 37, começou a transformar corrupção em crime hediondo, cumpriu o prazo estabelecido pelo STF para reformar o Fundo de Participação dos Estados. No quesito agilidade, os parlamentares merecem estrelinhas no boletim.

Claro, isso só aconteceu porque mais de 400 cidades fizeram manifestações pelo Brasil afora pedindo mudanças no comportamento de todos os políticos. Será que eles não poderiam ter sido mais rápidos antes? Claro que sim.

Há temas que sempre foram amplamente apoiados pela sociedade e que sempre dormiram nas gavetas do Legislativo por corporativismo interno. O fim do voto secreto para a cassação de parlamentares e o endurecimento das penas para a corrupção são exemplos clássicos. Só estão avançando agora graças ao clima de faca no pescoço.

Nem todo assunto, porém, deve ser discutido sobre pressão. É só ver o caso do FPE. Há um mês discute-se uma forma de distribuição dos recursos que melhoraria a situação de 16 estados, inclusive o Paraná. Na pressa, porém, esses estados dançaram.

Sem dizer o caminhão de propostas populistas que deve desembarcar na Esplanada nas próximas semanas. Pesquisas indicam que a maioria dos brasileiros é a favor da redução da maioridade penal. Não é de se duvidar que a maioria também defenda a pena de morte.

E aí, vão votar esses dois assuntos a toque de caixa? Do jeito que está, é melhor não dar a ideia.

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