• Carregando...
Crédito da foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Crédito da foto: Antonio Cruz/Agência Brasil| Foto:
Crédito da foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Crédito da foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Nunca foi o casamento perfeito. Dilma Rousseff, uma desenvolvimentista da Unicamp (ela começou o mestrado e doutorado em economia na universidade, mas não terminou), nunca foi lá muito a cara de Joaquim Levy, um “Chicago Boy” (alcunha dos economistas que passaram pela Universidade de Chicago, de formação mais liberal, onde ele fez pós-doutorado). Ainda assim, todos fizeram força para que os opostos se atraíssem.

Eis que a notícia do momento é a chance de divórcio. Levy reclamou de isolamento após as últimas trapalhadas patrocinadas pelo Palácio do Planalto e sinalizou que pode deixar o Ministério da Fazenda. Dentre elas, não teria sido informado sobre a desistência repentina de Dilma de patrocinar a volta da CPMF (logo ele, que não queria saber do tributo e preferia cortes de gastos).

Se realmente pedir para sair, Levy será protagonista da crise mais aguda de Dilma. Perdê-lo é mais complexo que perder o PMDB. Brigas por politicagem são digestíveis.

A questão é que Levy assumiu para consertar as lambanças da própria Dilma na economia. Um pedido de demissão significa que elas são irreparáveis.
Quem quer que assuma, com papel de mãos-de-tesoura ou não, assumiria sem qualquer credibilidade. Se hoje fala-se em 80% de chance de o governo perder o grau de investimento, para 110%.

Pode usar as mesmas porcentagens sobre as chances de os parlamentares desencadearem um processo de impeachment.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]