Se a eleição fosse uma ciência exata, a neutralidade de Luciano Ducci (PSB) somada ao apoio de Rafael Greca (PMDB) a Ratinho Júnior (PSC) seriam quase suficientes para decretar o resultado do segundo turno. Digamos que Ratinho faça os mesmos 34,09% do primeiro turno e receba os 10,45% de Greca. Aí é só ficar com 6 pontos porcentuais dos 26,77% de Ducci para fechar a fatura.
Não é bem por aí. Ao absorver o apoio de um candidato, o que vem é o pacote completo. No caso de Greca, o bônus são os significativos 10,45% dos votos. E o ônus é a rejeição, que variou entre 32% e 27% ao longo do primeiro turno, segundo o Datafolha.
Não é apenas isso. Greca foi uma metralhadora giratória durante a campanha. Está certo que ele desgastou mais Ducci, mas também fez disparos contra Ratinho, cujas propostas foram descritas por ele como horrorosas.
Do outro lado, Gustavo Fruet (PDT) recebe o apoio de Rubens Bueno (PPS), que era vice de Ducci. Para quem não lembra, o anúncio de Bueno na chapa ocorreu em um evento no qual ele, Ducci e Beto Richa tinham ao fundo a palavra “coerência”. O objetivo era dizer que eles eram coerentes – e Fruet, não.
Por essas e outras, o mais correto de se imaginar é que os novos apoios vão se neutralizar entre si. Transferência de votos, pelo menos em Curitiba, vai sair da cabeça do eleitor.
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