Acompanhei ao longo dos dois últimos dias aqui em Brasília o longo julgamento da lei da Ficha Limpa no STF. Uma frase não me sai da cabeça. Veja o que disse o ministro Carlos Ayres Britto, relator do recurso contra a cassação do registro de candidatura de Joaquim Roriz (PSC-DF):
“Quem abre mão do mandato que lhe foi conferido pelo povo trai ao mesmo tempo o cargo, o partido e o eleitorado que contou com a expectativa de contar com o seu mandato cheio.”
Será que isso vale só para o Roriz, que renunciou ao Senado em 2007 para escapar de julgamento no Conselho de Ética? Ou também deveria valer moralmente, por exemplo, para quem renuncia à prefeitura para poder concorrer ao governo do estado?
A questão é filosofal.
Eu tenho uma opinião formada: se for para punir aqueles que querem pular de cargo em cargo via renúncia, também seria obrigatório castigar parlamentares que mantém o cargo por força da lei e concorrem a cargos no Executivo.
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