Convidado pessoalmente por Sarney para integrar a comissão que tratará da reforma política, o senador paranaense Roberto Requião (PMDB) já aceitou e disse que vai se empenhar em uma proposta para mudar o sistema de financiamento das campanhas eleitorais. “Defendo algo nos moldes da Lei Rouanet, para que as empresas sejam incentivadas a doar dentro de determinados limites”, disse. A legislação citada por ele permite que investimentos em ações culturais de pessoas físicas e jurídicas sejam deduzidas do Imposto de Renda.
Requião quer estabelecer diferentes tetos de gastos para cada candidatura (veredor, prefeito, deputado estadual, federal, senador, governador e presidente). “Se o teto para um candidato a senador fosse R$ 1 milhão, ele só receberia doações até esse limite”, justificou. As empresas também teriam tetos individuais de doações, mas estariam liberadas para doar para mais de um candidato.
Segundo o senador, a proposta é mais eficiente do que o financiamento público. “Isso é como implantar um sistema socialista em uma eleição capitalista. Com essa proposta parecida à Lei Rouanet, não estaríamos lançando diretamente mão de recursos públicos.”
Embora tenha aceitado participar da comissão, Requião insistiu que a reforma política não deveria ser a prioridade do Congresso. “É muito mais importante fazermos uma reforma da política econômica que estimule a produção e não a especulação.” A tese foi defendida nos primeiros dois discursos dele na tribuna do Senado.
Requião também negou que esteja trabalhando para ser presidente de alguma comissão permanente da Casa. Demonstrou interesse, no entanto, em participar das comissões de Educação e de Infraestrutura.
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