O tema do dia em Brasília é a discussão sobre a verba indenizatória dos parlamentares. Por mês, toda excelência tem direito a R$ 15 mil por mês para torrar com aluguel, combustível, consultorias e afins. É só apresentar nota fiscal que a grana é ressarcida.
O problema é que ninguém sabe como o dinheiro é gasto, porque a Câmara não divulga as notas fiscais. Aí aparecem os casos como o dono do castelo, Edmar Moreira, que gastou R$ 246 mil desde 1997 em segurança. Só que ele é empresário do ramo de segurança e ninguém sabe dizer se o dinheiro foi para a corporação dele porque a caixa-preta não permite.
Outra coisa: a discussão sobre como detalhar as notas, uma promessa do novo presidente Michel Temer (PMDB-SP), despertou também o movimento entre DEM e PSDB pelo fim da verba indenizatória. Uma bela atitude, certo?
Seria se eles não defendessem, por outro lado, que os salários dos deputados subissem de R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil, como os ministros do STF. Tá bom, na conta se economiza R$ 7 mil. Mas aguentar o corte a seco, mesmo em tempos de crise, nem pensar.
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