A manutenção de 26 vetos da presidente Dilma Rousseff – dentre eles, sobre mudanças no fator previdenciário e a cobrança de PIS/Cofins no óleo diesel – são uma vitória de Pirro do governo no Congresso. Os dois pontos mais importantes, os aumentos do Judiciário e dos aposentados, ficaram para depois. Ou seja, foram movidos mundos e fundos (inclusive a cessão de novos espaços para o PMDB na Esplanada) para não se resolver uma questão que pode gerar gastos de R$ 15,7 bilhões em 2016 – equivalente a meia CPMF proposta pelo governo.
O mercado logo pescou a informação e dólar continuou subindo até bater em R$ 4,13.
Dessa vez, no entanto, a culpa pelo mal estar na economia não é só de Dilma. A oposição poderia ter permitido uma definição sobre os dois vetos mais importantes, mas preferiu esvaziar a sessão e derrubá-la. Na linguagem do futebol, montou um “cai-cai” de última hora.
A estratégia demonstra a completa irresponsabilidade dos oposicionistas, que mantiveram um estado generalizado de agonia.
Resultado final: Dilma não obteve a vitória que precisava e a oposição preferiu segurar um empate amargo. Quem perdeu, como quase sempre, foi o Brasil.
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