Tradicionalmente dia 29 de cada mês costuma-se comer gnocchi com uma nota de dinheiro debaixo do prato. Isso, segundo a crença popular, traz riqueza… Como adoro esse tipo de massa, era pra eu já estar rica! Não posso reclamar, ganhei muito sim… uns quilinhos a mais.
Essa história da riqueza vem de uma lenda italiana. Dizem que há muito tempo, nos arredores de Roma, um velho andarilho bateu à porta de uma casa humilde e pediu comida. Os donos, então, convidaram o mendigo a almoçar junto com os filhos (nossa os tempos era outros mesmo….). A única comida era gnocchi. O velhinho comeu em silêncio. E quando saiu disse: Buona Fortuna! Ao retirar os pratos da mesa, a dona da casa encontrou uma moeda de ouro sob cada prato.
Mas fazer gnocchi pode ser um desafio. Ele precisa ter uma textura leve e ao mesmo tempo ser firme o suficiente para não se desfazer na hora do cozimento.
O gnocchi é um prato típico da culinária italiana, preparado à base de batatas cozidas, farinha de trigo, manteiga e ovos. Esta seria, segundo alguns livros sobre gastronomia, uma das primeiras massas caseiras italianas. Lá no início era feita com semolina de trigo, mas no século 17 passou a ser preparada com a batata.
Os gnocchi variam em sabores e formatos de região para região. Em Trentino, por exemplo, eles são grandes e recheados com ameixas. Na Lombardia, são feitos com abóbora cozida. Em Reggio Emilia, com arroz cozido misturado com ovos e miolo de pão. Os tradicionais são os gnocchi Alla Romana, com semolina, e o da Toscana, feito com polenta cozida em água e aromatizada com queijo. Existe uma versão mais gordinha do Alla Romana, que é a mais comum, feita com batatas.
Um dos truques é fazer vincos no gnocchi com garfo que ajudam a segurar o molho depois de servido.
Acima uma receita de “gnocchi da fortuna” do Babilônia Gastronomia. O prato, elaborado pelo chef Mauro Dias, é servido para almoço e jantar.
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