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Carla Zambelli faz parte do grupo de dez deputados federais censurados nas últimas semanas no Brasil. Está com todas as redes sociais e até aplicativos de mensagem, como Whatsapp e Telegram, bloqueados a mando do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Sem qualquer justificativa.

No caso dela, a censura veio após uma campanha de reeleição não apenas vitoriosa, mas com a mais expressiva votação entre as mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados.

O deputado federal, campeão de votos no país, Nikolas Ferreira (PL-MG), também está na lista do "cala-boca", que, ao contrário do que afirmou tempos atrás a ministra do STF, Carmem Lúcia, não morreu. Está mais vivo do que nunca, pelas canetadas de Alexandre de Moraes e com a conivência de seus pares.

Como tantos outros censurados de forma arbitrária, a deputada apenas foi notificada, pelas próprias plataformas, de que seu perfil havia sido bloqueado a mando da Justiça Eleitoral. Mais uma vez, é um "cale a boca, porque eu mandei" e não porque algum crime foi cometido. E sem direito de acesso aos autos, o que configura claramente o cerceamento à legítima defesa,

Depois de ter seu contato com mais de 12 milhões de seguidores interrompido e de ver desrespeitada sua imunidade parlamentar sobre "quaisquer palavras e atos", conforme descrito na Constituição, Carla Zambelli viajou para os Estados Unidos para denunciar a tirania da toga implantanda no Brasil.

Nesta terça (15) ela passou mais de duas horas expondo a integrantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organziação dos Estados Americanos (OEA) detalhes sobre a situação de censura no Brasil, praticada por ordem de ministros dos tribunais superiores, STF e TSE.

Censura denunciada à OEA

A lista da censura levada por Carla Zambelli à OEA é extensa. A deputada denunciou os ataques reiterados a direitos humanos básicos, como a liberdade de expressão, garantida pela Constituição de 1988, mas também várias outras arbitrariedades cometidas por ministros do STF e do TSE.

A denúncia, de 170 páginas, relata as perseguições a jornalistas, cantores, caminhoneiros, empresários e influenciadores digitais. E explica também que há um viés de perseguição apenas a pessoas consideradas "de direita", o que deixa claro o ativismo político de ministros das últimas instâncias do Judiciário brasileiro.

O documento destaca, ainda, o desrespeito ao processo acusatório, ao direito de legítima defesa e as prisões ilegais que vêm sendo determinadas desde 2019. Tudo isso à revelia dos pedidos de arquivamento de processos feitos pela Procuradoria Geral da República, órgão legalmente responsável por acusações contra pessoas suspeitas de cometer crimes de natureza federal.

Para saber como reagiram os integrantes da Comissão Intermaericana de Direitos Humanos diante da denúncia feita pela deputada Carla Zambelli, junto com o jornalista Paulo Figueiredo, assista à entrevista clicando no play da imagem que ilustra esta página.

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