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Mais um caso de doutrinação em sala de aula para confirmar o que tenho noticiado há tempos e muitos recusam-se a reconhecer que existe. Brasil afora há militantes de esquerda travestidos de educadores, tantando impor aos alunos uma ideologia que nada tem a ver com a matéria que deveria estar sendo ensinada.

O caso que motivou a gravação deste vídeo foi noticiado pela Gazeta do Povo na última terça-feira (27). Desta vez a “professora” doutrinadora, que aparentemente não se importou de estar sendo filmada, escancara o método de doutrinação com crianças pequenas, feito de forma lúdica e cheio de estratégias subliminares.

Às vésperas das eleições de 2022, a professora fingiu que ia educar os alunos para a cidadania e para a democracia. Talvez a intenção maior fosse fazer com que as crianças chegassem em casa contando para os pais que o Brasil já tem um novo presidente e que ela, a criança, ajudou a escolher "o melhor" candidato.

A atividade escolar é um atentado escancarado à democracia e, mais do que isso, um ataque ao futuro do Brasil, já que uma educadora, irresponsável, tenta influenciar crianças inocentes para quem sabe, quando crescerem, se transformarem em eleitores que rezam conforme uma cartilha específica, a da esquerda, e não, seguindo sua própria consciência.

Para entender melhor o método desleal, através do qual partidos e ideologias políticas se infiltram em sala de aula, clique no play da imagem que ilustra esta página. Caso queira apenas ler sobre o ocorrido, segue a descrição do fato junto com minha opinião.

Doutrinação em escola infantil

A atividade pedagógica foi realizada numa escola infantil no bairro Areias, em Recife (PE). Não é possível saber se as duas mulheres que realizam a tarefa são necessariamente professoras. Podem ser educadoras ou auxiliares, mas são adultas, portanto, responsáveis por cuidar, entreter e ensinar aquelas crianças.

Num primeiro momento, registrado em vídeo, uma delas entrega cédulas de papel para os alunos, pedindo que marque um "x". A gravação, divulgada em redes sociais e aplicativos de mensagens, não mostra o que foi dito antes da entrega das cédulas para as crianças nem se houve campanha para algum dos candidatos.

Outro vídeo, que circulou junto com esse primeiro, mostra o momento seguinte, da apuração, revelando que o voto não era sigiloso. Pelo contrário, os eleitores mirins foram expostos e constrangidos, uma vez quea professora celebrava ou repudiava cada um dos votos, conforme sua própria preferência política.

Aparentemente só havia dois candidatos na cédula. Ao revelar os votos, fica clara a preferência da responsável pela divulgação do resultado, que eu vou chamar de professora, porque está sim, ali na condição de professoras. Está à frente da turma, diante do quadro, comandando a atividade.

A professora retira os votos de uma urna, lê o nome das crianças e expõe em quem elas votaram. Apenas dois nomes de candidatos são mencionados: Lula e Jair Bolsonaro. Sempre que o aluno votou Lula, a funcionária fala o número 13 - que representa o PT, partido do ex-presidente e atual candidato. E comemora: "Luuuula! Nosso presidente!"

Em dois casos, os votos foram para Bolsonaro. Depois de enfatizar o nome da criança que votou no candidato, a professora constrange o eleitor mirim, com expressão de desagravo: “Bolsonaro, Bolsolixo”. E, para enfatizar a reprovação, repete a adjetivação pejorativa.

Veja o nível de constrangimento a que essas crianças foram expostas, já que os nomes delas, repito, estavam na cédula, foram lidos em voz alta e sua escolha foi revelada, junto a uma “classificação” do candidato.

O tom de voz da professora, já na leitura do primeiro voto, para Lula, faz as crianças sentirem se serão ou não aprovadas pela professora. Quando surge o primeiro voto para Bolsonaro, a adjetivação pejorativa cria o maniqueísmo, a polarização, induzindo à ideia de de que um é bom e o outro é “do mal”.

Quem escolheu Lula estaria, portanto, entre os queridinhos da professora. Os eleitores de Bolsonaro seriam rejeitados. Fico pensando na angústia do segundo aluno que votou em Bolsonaro, já prevendo que, ao ter seu voto revelado, também receberia desaprovação da professora. E em público, perante toda a turma.

Fake News em sala de aula

Além do xingamento, a professora utiliza o número 40 como se fosse o do partido do presidente da República, quando na verdade, Bolsonaro é candidato à reeleição pelo número 22.

A doutrinação, portanto, não pretende atingir apenas aquelas crianças indefesas, mas também eleitores reais, incautos, que, eventualmente, viessem a assistir ao vídeo sem se atentar para os detalhes.

Não bastasse o tom da voz, a empolgação, a euforia na hora de enaltecer um dos candidatos e o uso de adjetivos negativos associados ao outro, somados à exposição dos nomes das crianças para causar constrangimento; há, ainda, a mentira.

É a evidente produção de fake news, expressão usada com desenvoltura justamente pelos tradicionais doutrinadores ou adeptos da doutrinação, quando tentam acusar os outros do que eles mesmos estão acostumados a fazer.

A estratégia do número errado associado a Jair Bolsonaro é clara: confundir o eleitorado mais desatento, que não costuma checar informações por conta própria para conhecer a verdade dos fatos.

Vai que alguém, discordando da doutrinação, resolve votar em Bolsonaro na eleição real? Quem sabe não digita o número errado, anulando o próprio voto?

Aproveito o momento para repassar um lembrete importante para o dia das eleições: anote num papel o número de todos os candidatos em que pretende votar. Leve a colinha para urna e, após digitar os números, antes de confirmar o voto, confira a foto e o nome que aparece na tela. Só depois aperte a tecla verde para confirmar.

Desonestidade e covardia contra crianças

Vale lembrar outro detalhe sórdido deste episódio. Crianças pequenas sequer têm o discernimento ou a coragem de um adolescente para contestar o adulto que está ali na condição de autoridade. Que criança ousaria questionar alguém que está ali para orientar, instruir, repassar conhecimento?

Crianças não têm informações suficientes nem experiência de vida para argumentar. Elas também não possuem inteligência emocional para identificar e contestar uma postura escancaradamente incorreta como a dessa “educadora”.

A tentativa de enganar vai muito além da simulação de uma eleição sem sigilo de voto. Se era para educar para a democracia, para a cidadania, é preciso ser fiel às situações reais que a criança encontrará na vida futura, quando for, de fato, uma eleitora.

Outro ponto de doutrinação explícita. O que essa professora faz quando diz, empolgada, “nosso presidente”? Passa às crianças a ideia de que o presidente do Brasil é Lula, que ele já está eleito e é o preferido da população. Pelo tom da voz da professora, Lula é querido, amado, aprovado e, por isso, deve ser seguido e aplaudido.

Já o presidente real não é tratado como “nosso presidente”. A professora finge não saber que, aconteça o que acontecer nas eleições deste ano, até 31 de dezembro de 2022 Bolsonaro é o presidente do Brasil. Foi eleito em 2018 por quase 58 milhões de pessoas e a democracia precisa ser respeitada.

Além de deixar de lado esta informação, a professora deprecia, desumaniza e desrespeita Bolsonaro como autoridade, como candidato e até como pessoa, chamando-o de “lixo”.

Não vou nem falar de empatia, para não cair na ladainha chata dessa turma doutrinada e doutrinadora, que chama os outros de gado, mas não olha o próprio umbigo.

Chamar uma pessoa, quem quer que seja, de lixo? Diante de crianças? Chamar uma autoridade, eleita democraticamente, de lixo? Um candidato, que coloca seu nome à disposição do eleitor, oferecendo-se para trabalhar pelo país, gostando ou não dele, é comparável a lixo?

Que aula de democracia essa professora pensa que está dando à turma de crianças? Que eleição simulada é essa? Que exemplo é esse? Espeero que os pais reflitam sobre o tipo de ensino que esperam para seus filhos.

Independentemente de preferências políticas ou ideológicas, é preciso conhecer, na hora da matrícula, o método educacional adotado pela escola, a equie de professores e como a direção reage diante de denúncias gravíssimas como esta.

Reações e respostas à sociedade

Conforme mostrou a reportagem da Gazeta do Povo, o episódio de doutrinação de crianças nessa aula deplorável numa escola de Recife gerou cobrança imediata e resposta. O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, manifestou-se pelas redes sociais.

“É inadmissível a postura desses profissionais que utilizam crianças para doutrinação política nas escolas em nosso país. A doutrinação nas escolas é realizada por uma minoria que prejudica a imagem de nossos professores, uma classe primordial para o futuro do nosso país. Enquanto nossos estudantes deveriam estar aprendendo e recuperando-se dos impactos ocasionados devido ao fechamento prolongado das escolas na pandemia, vemos situações absurdas como esta.”

Victor Godoy Veiga, ministro da Educação

Vitor Godoy Veiga informa ainda que, como ministro da Educação, já havia solicitado que a escola em que o episódio ocorreu fosse identificada para que os fatos fossem esclarecidos e medidas cabíveis fossem adotadas, respeitando-se a autonomia da rede estadual e municipal.

A resposta veio pelo Twitter: “A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, esclarece que a creche exposta no vídeo não integra oficialmente a Rede Municipal própria de Ensino do Recife. A gestão informa que, aparentemente, se trata de uma unidade comunitária conveniada e que já está apurando o caso para as providências necessárias”.

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