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Chanceller, o projeto curitibano que está resgatando o espírito do synthpop
| Foto:
Marcos Anubis/Cwb Live
Chanceller, resgatando o synthpop dos anos 80

Música eletrônica. Você torce o nariz quando lê esse termo, atualmente? Se você viveu os anos 80 e ouviu Kraftwerk, Soup Dragons, Depeche Mode e Charlatans, só para citar alguns exemplos, a resposta é sim. O show do projeto Chanceller, na última sexta (29), no 92 Degrees, em Curitiba, mostrou que é possível fazer uma música mais dançante sem perder a melodia e a qualidade.

O Chanceller foi criado pelo músico Luciano Cardoso. A intenção do trabalho é resgatar o synthpop, gênero que teve o seu auge nos anos 80 por meio de bandas como o Depeche Mode. “É uma proposta de fazer música eletrônica autoral, sem querer copiar ninguém”, afirma Luciano. Ao seu lado, no show, tocaram o guitarrista Victor Kackmann e o tecladista Luciano Cordoni, ex-vocalista do lendário grupo curitibano Tessália.

As canções do grupo juntam camadas sobrepostas de teclados e sintetizadores, vocais graves, na maioria das passagens, e intervenções de guitarra sempre trabalhadas com efeitos para se adequarem ao espírito das músicas. O som dos caras atinge muito bem o seu propósito, com climas envolventes e melodias bem construídas.

Hoje, DJs são chamados de músicos. Na minha opinião isso é uma heresia se o citado não souber tocar nenhum instrumento e fizer a sua música somente baseado em programações no computador. Acho estranhíssimo, por exemplo, 30.000 pessoas lotarem um show do David Guetta para vê-lo “apertar botões”, como se estivessem em um concerto de rock. É a modernidade, dirão alguns. Talvez, mas, para mim, é um retrocesso. Bandas como as citadas no começo dessa matéria possuem uma música “orgânica”. São seres humanos tocando os instrumentos gravados em estúdio e, logicamente, desempenhando o mesmo papel nas performances ao vivo. Isso é música.

Voltando ao Chanceller, o recém lançado CD “Painted in black” não deixa nada a desejar às bandas gringas do gênero. Bem gravado, de forma totalmente independente e com software livre, o trabalho traz dez músicas sintonizadas com as influências que os seus integrantes carregam. As canções que mais chamam a atenção são “When i see you” e “Blood stain”, pelas melodias e climas que remetem aos anos 80. O CD pode ser adquirido nas Livrarias Curitiba ou pela internet clicando neste link.

Em meio a tantas bandas boas em Curitiba, tocando metal, punk, gótico e outros gêneros, eis que surge o Chanceller para colocar a cidade no mapa também na música eletrônica.

Confira a entrevista exclusiva com o grupo e três vídeos do show.

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